Cercamento eletrônico de Porto Alegre sai do papel

Câmeras trabalham de forma integrada

Na última sexta-feira, em Porto Alegre (RS), foi apresentada a nova tecnologia de reconhecimento desenvolvida pela Procempa. O sistema é capaz de reconhecer placas através do monitoramento de câmeras espalhadas em pontos estratégicos da cidade. É o chamado “cercamento eletrônico”, que verifica qualquer tipo de ocorrência em veículos, tais como roubo, furto ou irregularidades administrativas.

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Centro Integrado de Comando da Cidade de Porto Alegre (CEIC) / Prefeitura de Porto Alegre

Com as informações cruzadas, um alerta é emitido aos monitores do sistema, utilizado pela Secretaria Pública de Segurança. A viatura mais próxima é acionada para realizar a abordagem deste veículo. A informação é armazenada em uma base de inteligência, que permite relatórios e estatísticas.

A reunião de apresentação contou com diversos representantes da sociedade, como Guacir de Llano Bueno, presidente do Sindicato das Seguradoras do RS. Representantes de companhias de seguros também marcaram presença. A intenção da Prefeitura é atrair o olhar da iniciativa privada para o tema.

Reunião de apresentação do projeto / Filipe Tedesco

Os planos ainda incluem o lançamento de um aplicativo colaborativo, onde veículos suspeitos podem passar por uma verificação. O app #EuFaçoPOA ganhou uma nova funcionalidade: o Detetive Cidadão, que permite auxilio dos cidadãos no reconhecimento e localização de veículos em situação irregular nas ruas e estacionamentos da cidade. Tudo de forma sigilosa.

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O projeto é realizado através de parceria da Prefeitura de Porto Alegre por intermédio do Centro Integrado de Comando da Cidade de Porto Alegre (CEIC). Já estão em funcionamento, através de parcerias estratégicas, câmeras colaborativas, que transmitem dados diretamente para a central de controle.

No mês de maio, a capital dos gaúchos caiu algumas posições num triste ranking nacional. Porto Alegre ocupa a quinta posição no número de ocorrências de roubos e furtos de veículos, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Brasília. Foram 924 casos. De janeiro a maio foram ao todo 5.206 registros na capital gaúcha.

Filipe Tedesco/JRS

Nos primeiros 2 meses de piloto foram mais de 3 milhões de veículos monitorados. Ao todo, 60 mil alertas foram gerados com 50 veículos furtados ou roubados localizados. 5 foram recuperados.

Para que os números sejam mais expressivos é necessário avançar na implementação do sistema. Além da instalação, é preciso garantir a manutenção destes equipamentos, que envolve também a instalação de câmeras mais aprimoradas, de forma gradativa.

O novo sistema de monitoramento permite ainda o reconhecimento facial de suspeitos que tenham algum tipo de ocorrência.

A ideia é fazer com que a mesma logística seja colocada em cidades como Viamão e outras da Grande Porto Alegre.

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