“Não importa se você é de direita ou de esquerda, política econômica boa é uma só”, analisa Victoria Werneck

Economista-Chefe da Icatu Seguros participou de almoço ao lado do cientista político Francisco Ferraz

Almoço reuniu público seleto na sede da Federasul, em Porto Alegre (RS). William Anthony/JRS
Almoço reuniu público seleto na sede da Federasul, em Porto Alegre (RS).

A população brasileira continua sem perspectivas de solução para o atual momento de crise vivido pelo País há aproximadamente dois anos. A afirmação fica reforçada pela última pesquisa divulgada pelo Ibope nesta quarta-feira. O levantamento realizado com 2.002 pessoas em 142 municípios aponta que apenas 10% da população aprova o Governo Dilma, ante 69% de avaliações negativas. Com esta premissa, o almoço “Tá na Mesa”, realizado semanalmente na sede da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), abordou os próximos capítulos de nossa história política e econômica. “E agora Brasil?”, foi a principal questão emitida a Francisco Ferraz, professor e cientista político, e Victoria Werneck, economista-chefe da Icatu Seguros.

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O lala
O cientista político Francisco Ferraz.

Em uma análise da atual conjuntura política, Ferraz atentou que a democracia brasileira não é consolidada. “Nosso sistema político sofre mudanças a cada cinco anos, em média. Nossos problemas não serão resolvidos com mais uma reforma política”, disse. Durante coletiva de imprensa, 0 cientista político demonstrou como diversos países consolidaram instituições e regimes. “Precisamos de estadistas que lembrem do ontem, pensem no hoje e também no amanhã”, explicou.

O professor também reitera o famoso “toma lá, da cá” político. Onde uma votação para o impedimento de um Presidente da República acaba “de forma escancarada” em troca de cargos. “Qualquer ação deste governo com o Congresso sempre envolve alguma transação e não enxergo que isso vá mudar”, apontou. Francisco Ferraz alerta que ainda não é o momento para se realizar análises de um provável governo do Vice-Presidente Michel Temer. “O quadro é bem maior do que a simpatia do povo por um líder político”, complementou ao lembrar da tentativa do Governo Federal em nomear o ex-presidente Lula como Ministro de Estado.

O mercado segurador se fez presente durante o encontro. Na imagem Rodrigo Pelaipe, diretor executivo da Emergency Corretora; Guacir Bueno, presidente-eleito do SindSeg-RS; Odete Dias, executiva da Emergency Corretora; Jota Carvalho, editor-chefe do JRS e Ricardo Rezende, diretor comercial da PlaniLife.
O mercado segurador se fez presente durante o encontro. Na imagem Rodrigo Pelaipe, diretor executivo da Emergency Corretora; Guacir Bueno, presidente-eleito do SindSeg-RS; Odete Dias, executiva da Emergency Corretora; Jota Carvalho, editor-chefe do JRS e Ricardo Rezende, diretor comercial da PlaniLife.
Victória Werneck, economista-chefe da Icatu Seguros.
Victoria Werneck, economista-chefe da Icatu Seguros.

“Independentemente de quem esteja governando haverá uma grande queda no Produto Interno Bruto do Brasil este ano. A inflação ficará acima do teto da meta, que é de 6,5%. E, no próximo ano, teremos um crescimento muito baixo”, contou Victoria Werneck. Ela ainda previu que “teremos quatro ou cinco anos de queda do PIB per-capta. A sensação de que você rema, rema e rema sem sair do lugar. No cenário internacional, o Brasil é um dos poucos países que está indo para trás”, argumentou.

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A chefe de economia da Icatu Seguros também reitera que urgentemente o Brasil precisa deixar este momento de estagnação. Tomar um rumo é fundamental para sair da crise, segundo Victoria. Ela lembrou de erros sistemáticos, como as chamadas “pedaladas fiscais”, e o desrespeito ao famoso conceito do tripé macroeconômico. “Não importa se você é de direita ou de esquerda, política econômica boa é uma só”, lembrou a economista quando questionada sobre o sucesso de Lula no campo econômico em seu primeiro mandato.

 

Assista novamente a participação de Victoria Werneck no Seguros Sem Mistério em 2014:

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“Não importa se você é de direita ou de esquerda, política econômica boa é uma só”, analisa Victória Werneck

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