‘Drogômetro’ será testado em motoristas no RS a partir de abril

Aparelho detecta até oito tipos de substâncias; resultado sai em laboratório

O Hospital de Clínicas de Porto Alegre vai iniciar uma nova fase de testes em aparelhos que detectam se motoristas fizeram uso de drogas antes de dirigir. Cinco dispositivos, conhecidos como drogômetros, serão testados em fiscalizações de trânsito para, depois, ser escolhido aquele que se adapta melhor à realidade brasileira.

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Fabricados na Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos, os aparelhos podem identificar o uso de até oito tipo de substâncias como cocaína, maconha, metanfetaminas e tranquilizantes em apenas sete minutos. Depois, o resultado é confirmado em laboratório.

Equipes de pesquisadores vão acompanhar as fiscalizações de trânsito. Após a abordagem, o condutor vai ser convidado a responder uma pesquisa e a fazer o teste do drogômetro.

Caso aceite, ele será considerado voluntário da pesquisa. Se o resultado der positivo para o uso de alguma droga, o motorista não vai ser penalizado, por se tratar de um teste, e terá a identidade preservada.

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A Polícia Rodoviária Federal apenas reforça que, caso um condutor for flagrado dirigindo embriagado, com a documentação atrasada, ou não estiver com o veículo em dia, pagará multa normalmente. “Ele será autuado”, garante o superintendente Pedro de Souza da Silva.

A meta é fazer o teste em 250 condutores a partir de abril. Os resultados serão apresentados em um congresso internacional em Gramado, na serra gaúcha, no mês de outubro. Se for aprovado, o drogômetro será importado e usado em todo o Brasil.

A pesquisa é financiada pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas do Ministério da Justiça. O Hospital de Clínicas também conta com a parceria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran).

A regulamentação para o drogômetro ainda não tem data prevista.

“Tão logo haja homologação deste equipamento, nós implementaremos em todas as fiscalizações de trânsito para tirar as pessoas que não têm condições de estar no espaço público”, diz Mario Szinvelski, diretor-geral do Detran-RS.

*Original de Dayanne Rodrigues, da RBS TV.

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