Fenacor repudia matéria e convoca corretores contra o seguro pirata

Federação manifestou-se contra a chamada “proteção veicular”

Na última edição da Revista Quatro Rodas, da Editora Abril, uma matéria chamou a atenção dos profissionais do mercado segurador. Redigida pela jornalista Isadora Carvalho, a matéria de capa deu destaque aos “seguros até 70% mais baratos”, oferecidos pelas cooperativas que atuam de forma ilegal considerando a atual legislação vigente.

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O Grupo JRS Comunicação já denunciou a prática na edição de novembro do ano passado, quando mostramos como funcionava a operação em uma associação de caminhoneiros paulista. Você pode conferir a edição completa abaixo:

Prática configura ação criminosa e marginal

Confira a nota emitida por Armando Vergílio, presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor):

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C Josias & Ferrer no JRS

A Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) repudia a ação de cooperativas e associações que comercializam a chamada “proteção veicular” como se fosse seguro de automóvel. Não é. Essa prática configura ação criminosa e marginal. Diferentemente do que informa a reportagem “Negócios entre amigos” (Quatro Rodas, edição de maio), não se trata de uma nova modalidade de seguros. Esse é um seguro pirata – produto vendido irregularmente, que não oferece qualquer garantia ao consumidor.

Neste mercado marginal, as entidades agem de forma perniciosa e contrária aos interesses dos consumidores. A Susep — órgão regulador do setor e vinculada ao Ministério da Fazenda responsável pela supervisão e fiscalização do mercado de seguros —  informa que essas associações e cooperativas não estão autorizadas a comercializar seguros, portanto não há qualquer tipo de acompanhamento econômico, de solvência e liquidez e muito menos técnico de suas operações.

Da mesma forma, transações desta natureza não encontram  amparo no Código de Defesa do Consumidor (CDC). A ilegalidade é amplamente reconhecida pela Justiça e pelo Ministério Público, mediante sentenças e procedimentos investigatórios em curso. São inúmeros consumidores lesados, entregues ao abandono, sem nada a receber.

A própria Susep adverte em seu portal na Internet: essas entidades estão “comercializando ilegalmente seguros de automóveis com o nome de proteção, proteção veicular e proteção patrimonial, dentre outros”. Portanto, a compra desses produtos viola frontalmente a legislação em vigor. A Fenacor sugere que, antes de contratar um seguro ilegal e pirata, o consumidor procure um corretor de seguros profissional e consulte o nome da seguradora no site da Susep.

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O corretor de seguros João Rigon parabenizou o posicionamento de Jota Carvalho, mas contrapôs parte da fala: “Quero apenas discordar de uma frase. No final você disse quanto a aprovação das empresas de transporte realizar seu fundo gestor: ‘Vocês corretores de seguros não se movimentaram antes, agora a aprovação está no final’. Carvalho, quem deveria se movimentar e mobilizar a classe são nossos representantes os Sincors. Estes sim falharam em não observar tal manobra das empresas de transporte. Como sempre, estamos carentes de LÍDERES que venham a lutar, observar e representar a classe dos corretores de seguros do Brasil, abraço”, comentou em nossa página no Facebook.

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