Mercado projeta inflação menor em 2016

Após seis semanas seguidas, IPCA esperado tem queda pela primeira vez. PIB estimado continua em forte queda

A inflação prevista para o ano pelo mercado dá sinais de arrefecimento, após seis semanas seguidas de alta. A estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi levemente reduzida ao passar de 7,29% para 7,27%. Para 2017, também caiu de 5,50% para 5,43%, segundo o Banco Central (BC). Os cálculos estão longe do centro da meta de inflação de 4,5%. O limite superior da meta de inflação é 6,5% este ano e 6% em 2017. Em entrevistas concedidas no mês passado, o novo presidente do BC, Ilan Goldfajn, informou que alcançar o centro da meta de inflação, em 4,5%, em 2017, é uma expectativa ambiciosa e crível. Para Goldfajn, atingir esse objetivo é algo ambicioso porque a inflação em 2015 foi “mais que o dobro da meta”. Ele lembrou que o ano de 2015 foi de choque, inflação muito elevada, em parte devido à depreciação forte do real perante o dólar e a inflação de preços administrados muito forte.

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No caso da Selic, atualmente em 14,25% ao ano, a expectativa é de que a taxa recue para 13,25% ao ano até dezembro. Para o fim de 2017, a previsão é de que a taxa básica permaneça em 11% ao ano. Sobre o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no País, A queda projetada é de 3,35% neste ano. Para 2017, a estimativa de crescimento é mantida em 1%, há três semanas. A projeção para a cotação do dólar foi alterada de R$ 3,60 para R$ 3,46 ao final de 2016, e de R$ 3,80 para R$ 3,70, no fim de 2017.

*Informações de CNseg.

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