Criminalidade no RS cresce e preços dos seguros automotivos também

Em Porto Alegre, o preço dos seguros de carros é um dos mais caros do país. Isso porque a violência no Rio Grande do Sul não para de aumentar

No Rio Grande do Sul, a quantidade de crimes não está só deixando as pessoas com medo. Está também pesando no bolso. O preço do seguro dos carros na região metropolitana de Porto Alegre, já um dos mais caros do país. Tudo por causa da violência.

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Nas ruas da capital, moradores tentam se adaptar à rotina de insegurança. Os dados da Secretaria de Segurança confirmam que essa sensação é verdadeira. Se forem somados os casos de roubos e furtos de carros no primeiro semestre de 2016, chega a um número impressionante: foram 19.185 registros. Por mês, isso representa quase 3.200 veículos levados pelos bandidos, 106 por dia. E esses número interferem nos preços dos seguros dos carros.

O valor do seguro varia, dependendo da região. Em municípios onde o índice de assaltos é baixo, o motorista paga um valor menor. E essa variação acontece também dentro de uma mesma cidade, que é dividida por regiões. Em Porto Alegre, por exemplo, moradores da Zona Norte e da cidade baixa pagam mais caro pelo seguro, porque é nessas regiões onde acontecem mais casos de furtos e roubos de veículos.

Entre os índices que compõem o preço dos seguros, roubos e furtos são os mais importantes, representando 60% do valor total. Os outros 40% são divididos em colisões, danos a terceiros e danos da natureza.

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C Josias & Ferrer no JRS

“Lamentavelmente, quem acaba pagando essa conta é o consumidor. Porque as seguradoras repassam [o valor] no custeio da apólice para aqueles que adquirem os seguros”, afirma Ricardo Pansera, presidente do Sindicato de Corretores de Seguro do RS.

Segundo o sindicato, o mercado de seguro não sentiu queda nas vendas. Com tanta violência, a maioria dos motoristas prefere não arriscar o patrimônio. Mas isso não aumenta a sensação de segurança. Uma entrevistada, que não quis se identificar, foi assaltada na frente de casa. “Agora eu não estou dirigindo como antes. Se eu saio, saio só durante o dia. E à noite, eu estou indo de carona para a faculdade”.

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