Vergilio aponta novos rumos no ramo de pessoas

Segundo o presidente da Fenacor, o crescimento do segmento não vem sendo acompanhado de seu desenvolvimento

Em palestra realizada em Belo Horizonte, o presidente da Fenacor, Armando Vergilio, disse que o crescimento do ramo de pessoas não vem sendo acompanhado de seu desenvolvimento. Ele lembrou que os produtos de acumulação, como o VGBL, que não tem a participação do corretor, são os mais comercializados. “Os produtos com cobertura de risco praticamente não apresentam um crescimento expressivo e nem aumento de penetração na população”, frisou.

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Vergilio disse ainda que produtos inovadores, que representarão uma mudança de patamar na atuação e no volume de vendas para os corretores, estão na “fila”, aguardando normatização da Susep e da área fiscal do governo para lançamento. “O Universal Life, produto comercializado em vários países com grandes resultados, está há anos aguardando ajustes, assim como o Prev Saúde, produto de formação de reserva para futuro uso em gastos com saúde”, lamentou.

Sobre o microsseguro, o presidente da Fenacor foi taxativo: “tem que ser reformulado. Da forma atual não atingirá objetivos e patamares de penetração como visto em outros países”, alertou.
Armando Vergilio destacou que a capacitação dos corretores, principal canal de distribuição, deve ser aprofundada, inclusive com ênfase para a autorregulação, e que a questão do agente de seguros precisa voltar ao debate. Finalmente, indicou que o desenvolvimento da cultura do seguro junto à população deve ser priorizado, com participação das entidades do setor e a busca incessante da disseminação da educação securitária. “Somente assim o seguro terá níveis de penetração compatíveis com o tamanho de nosso país”, afirmou.

O encontro foi organizado pelo Clube de Seguros de Pessoas de Minas Gerais (CSP-MG), na sede do Sindicato das Seguradoras, e contou com o apoio da Escola Nacional de Seguros, do Sincor-MG e das beneméritas do CSP-MG.

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Depois da palestra, Vergílio compôs a mesa de debate com os presidentes do CSP-MG, João Paulo Mello, do Sindseg, Augusto Matos, do Sincor-MG, Maria Filomena Branquinho, e do ClubCor-MG, Helder Barbosa. A mediação ficou a cargo do vice-presidente do CSP-MG, Mauricio Tadeu. Os dirigentes responderam perguntas e debateram os temas abordados pelo palestrante, além de outros assuntos.

Para o presidente do CSP-MG, o evento foi marcante: “Ficamos muito satisfeitos, pois o Armando conseguiu demonstrar que, apesar do cenário atual, temos um rumo a seguir na busca do desenvolvimento do mercado. Somente atuando juntos, corretores, seguradoras e entidades do setor, é que vamos obter sucesso”, encerrou João Paulo Mello.

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