Mercado de seguros na mira da criminalidade

Cada vez mais comuns na Capital gaúcha, furto e roubo de veículos afetam até 40% o preço do seguro automóvel

“Passa a chave!”, exclamou o criminoso à administradora Camila Frantz enquanto apontava o revólver escondido na roupa. Era um domingo ensolarado e a jovem de 24 anos estacionava o Citroën C3 em frente a sua casa, no Jardim Europa, Zona Norte de Porto Alegre. Nem a rua movimentada do bairro nobre foi capaz de coibir a ação dos bandidos.

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O fato narrado acima é um dos tantos que compõem as estatísticas criminais da Capital. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, nos primeiros seis meses deste ano, a cidade contabilizou 6.276 roubos e furtos de veículos, o que representa 32,7% dos casos em todas as 497 cidades que formam o Estado.

O produtor de eventos de 24 anos, Walker Ruschel, já teve o seu Hyundai HB20s levado pelos criminosos três vezes em frente a casa onde mora, no bairro Santa Fé, na Zona Norte. O fato de ter seguro e rastreador instalado o deixou mais tranquilo no momento. “Eu já sabia que essas ferramentas são eficazes. A empresa de rastreamento tem uma equipe de busca e recuperaram o carro em menos de 12 horas, inclusive”, conta.

A campeã de roubos de veículos entre as capitais brasileiras (conforme o 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública), Porto Alegre, tem o segundo seguro de automóvel mais caro, perdendo apenas para São Paulo. Conforme um levantamento realizado pela Bidu Corretora no mês de agosto, o seguro do Chevrolet Onix, o mais vendido no período, custa em média R$ 2.650,57 para os porto-alegrenses. Para a cotação, foram utilizados dois perfis fictícios de um homem e uma mulher de 35 anos, ambos casados e sem filhos. O valor representado é a média obtida por meio das cotações em três seguradoras diferentes.

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Você confere o restante desta reportagem na Revista JRS a partir da página 24!

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