Confiança do setor de seguros fecha 2016 com leve queda

No entanto, expectativas melhoraram 44% em relação ao ano anterior

Em dezembro de 2016, o Índice de Confiança do Setor de Seguros (ICSS) foi 96,3, com uma variação anual positiva de 44%. Porém, houve queda nos últimos dois meses, fazendo com que o setor voltasse a ficar pessimista, já que o indicador está de novo abaixo de 100 pontos. Essa reversão de cenário não acontecia desde junho de 2016.

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O Índice de Confiança e Expectativas das Seguradoras (ICES) registrou a mesma variação. Leve queda nos últimos dois meses no Índice de Confiança e Expectativas das Resseguradoras (ICER), porém, mais acentuada no Índice de Confiança das Grandes Corretoras (ICGC).

Abaixo, a evolução dos indicadores em 2016:

           dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16
ICES 69,6 66,7 65,8 69,9 75,8 85,9 90,7 100,2 108,9 117,4 116,6 106,9 96,4
ICER 64,4 65,6 68,7 75,4 84,5 90,1 91,7 95,9 105,3 108,8 105,4 98,0 94,2
ICGC 67,3 65,7 67,1 76,6 90,6 95,1 99,9 107,8 112,3 119,1 121,1 109,4 98,4
ICSS 67,1 66,0 67,2 73,9 83,4 90,3 94,0 101,2 108,8 115,0 114,1 104,7 96,3

O ICSS é um indicador mensal que mede a confiança do setor de seguros no Brasil. Esse indicador é o resultado de três variáveis: ICES (Índice de Confiança e Expectativas das Seguradoras), ICER (Índice de Confiança e Expectativas das Resseguradoras) e ICGC (Índice de Confiança das Grandes Corretoras).

Todo final de mês são enviadas perguntas simples, de múltipla escolha, em que as empresas dizem sobre o que esperam que aconteça nos próximos seis meses, com relação a algumas variáveis relevantes do setor. Ao todo, aproximadamente 100 companhias são entrevistadas em cada oportunidade.

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Embora todas as perguntas sejam de caráter institucional, as respostas das companhias não são divulgadas individualmente.

No cálculo, o indicador leva em conta três aspectos: economia brasileira, faturamento e rentabilidade de cada um dos setores citados. A partir dessas informações, e após cálculos estatísticos, é definido esse índice, cujo valor varia de 0 a 200. O número 100, que divide o índice ao meio, sinaliza que a expectativa atual é que a situação permaneça a mesma no futuro. Por outro lado, quanto maior esse valor, mais otimista está o segmento; e vice-versa.

O ICSS é divulgado em toda primeira semana de cada mês, tomando como referência os dados obtidos em pesquisa realizada na última semana do mês anterior. Essa metodologia segue um padrão similar ao existente em Indicadores de Confiança de outros setores econômicos – por exemplo, Índice McKinsey, Índice Fecap (IFECAP), Índice de Confiança do Comércio (ICEC), Índice de Confiança da Indústria (ICI), etc.

 

Com o objetivo de mensurar com precisão a evolução das expectativas, as perguntas usadas no cálculo do ICSS são repetidas mensalmente.

Em termos econômicos, o ICSS tem três objetivos principais: permitir a comparação com outros indicadores similares da economia (macroeconômicos e de setores específicos), torna-se uma fonte teórica e acadêmica e fazer com que o próprio segmento avaliado e seus setores relacionados passem a compreender as expectativas atuais para, assim, entender melhor esse mercado e fazer com mais acuidade as suas previsões.

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