Chile: perdas milionárias com incêndios florestais

Danos na casa de US$ 400 milhões atingem agricultura e silvicultura e podem produzir pobreza no campo

Começam a aparecer os primeiros números das perdas provocadas pelos piores incêndios florestais ocorridos no Chile neste ano. Pela estimativa do Serviço Agrícola Nacional do Chile (SNA), os danos causados a silvicultura e a agricultura alcançarão de aproximadamente US$ 400 milhões, sem contar os efeitos irreversíveis sobre a ecologia do país.

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O verão extremamente quente e seco já destruiu 600 mil hectares de terra. O presidente do SNA, Patricio Crespo, classificou de tragédia social a sucessão de incêndios nas regiões centro-sul do país.

“Os efeitos sobre o setor agrícola são grandes, embora seja prematuro avaliar o impacto da perda de lucros, perda de empregos, número de animais ou instalações perdidas, além de casas e maquinário”, disse em entrevista.

Segundo ele, perto de 400 hectares de produção de azeite foram queimados, ao lado de 100 hectares de produção de uva de vinho, prejuízos estimados US$ 5 milhões. Houve perdas também para as bodegas de vinho e empacotadoras. Já o custo dos danos às florestas do país deve ser de US$ 350 milhões. “Nos próximos anos, veremos um impacto sobre o emprego e renda rural, o que sem dúvida terá um efeito sobre a qualidade de vida futura das comunidades e poderia resultar em um aumento da migração das áreas rurais para as cidades”, disse Crespo.

Na segunda-feira, a Corporação Nacional de Florestas (CONAF) divulgou a existência de 43 incêndios ativos, dos quais oito estavam sendo combatidos, 28 estavam sob controle e sete foram considerados extintos.

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