Lava-Jato dispara procura por proteção de patrimônio de executivo

Entre 2014 e  2016, valores pagos subiram 62%

A Operação Lava-Jato impulsionou a busca por seguros que protegem o patrimônio do executivo caso decisões erradas tomadas por ele provoquem perdas financeiras para as empresas. Esse aumento, porém, foi acompanhado de maior cautela das seguradoras na hora de fechar negócio.

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Entre 2014 – ano em que a operação da Polícia Federal foi deflagrada – e 2016, os valores pagos em apólices de seguros de diretores e executivos subiram 62%, para R$ 381,6 milhões, segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep).

A evolução foi guiada pela procura maior pelo produto, e não somente pelo encarecimento das apólices, afirma Fernando Cirelli, superintendente de linhas financeiras da corretora BR Insurance. O seguro existe há 20 anos no Brasil. De acordo com Cirelli, nos primeiros 10 anos, havia cerca de mil apólices do produto. Hoje, o número está estimado entre 5 mil e 7 mil.

Esse seguro pode ser acionado se um diretor for alvo de um processo no qual corra o risco de indenizar terceiros por prejuízos financeiros causados por uma decisão tomada no exercício da função. O maior custo desses processos é o pagamento de honorários advocatícios e com defesa. É possível ainda cobrir indenizações e multas decorrentes da ação judicial. A ressalva a ser feita é que o seguro não cobre crime doloso – quando o executivo participava do ato de corrupção e teve enriquecimento ilícito, por exemplo.

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