Mais de metade das empresas devem trocar fornecedores de alto risco em 2018

É o que aponta um estudo da consultoria global Protiviti, junto ao The Shared Assessments

Realizada com 539 executivos do mundo todo, a pesquisa anual da consultoria global Protiviti junto ao The Shared Assessments sobre Gestão de Riscos de Fornecedores, mostra que 53% das empresas entrevistadas devem deixar ou mudar as relações com alguns fornecedores devido aos elevados níveis de riscos.

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Companhias de seguro, incluindo planos de saúde, aparecem como as empresas que provavelmente irão realizar movimentos de redução de riscos, tendo preocupações com os seus custos e com a falta de expertise interna para avaliar os controles sobre fornecedores. O estudo, em seu quarto ano, mostra que 71% das empresas do setor securitário devem mudar suas relações com fornecedores de alto risco nos próximos 12 meses.

Observando o cenário brasileiro, com a promulgação da Lei da Terceirização, será cada vez mais comum a contratação de fornecedores para prestação de serviços e estes fornecedores, por sua vez, também contratarão seus terceiros para cumprir os contratos. Conseguir mapear os riscos envolvidos nestas relações e estabelecer controles será um diferencial para que as empresas possam buscar eficiência em seus negócios sem os impactos de eventuais riscos materializados.

O conselheiro sênior do The Santa Fe Group (Shared Assessments Program), Gary Roboff, diz que apesar de alguma evolução geral da gestão de risco de fornecedores, o estudo mostrou que, com algumas exceções, o avanço foi incremental desde a primeira interação do estudo em 2014. “O passo mais importante que uma empresa pode dar para melhorar a performance da gestão de risco de fornecedores é realizar avaliações periódicas e independentes da efetividade do programa. Fazer benchmarks de formar regular é extremamente importante frente aos desafios associados ao ambiente de rápidas mudanças nos riscos externos e no ambiente regulatório”, completa Roboff.

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A mesma evolução pode ser observada no Brasil. Antes, a gestão de riscos de fornecedores no País ficava limitada ao processo de contratação de fornecedores e era focada na homologação financeira e de aspectos administrativos, tais como certidões negativas, regularidade nos órgãos competentes, dentre outras demandas.

“Hoje também são avaliados aspectos ligados à imagem e à reputação de terceiros não somente na contratação, bem como ao longo de todo o contrato. Também há uma evolução de programas de auditoria de fornecedores para avaliar in loco se os parceiros cumprem pontos definidos nos contratos e na legislação”, explica Thiago Guimarães, líder da área de Business Performance Improvement (BPI) na operação brasileira da Protiviti.

Como citado por Gary Roboff, é importante que as empresas façam benchmarks de forma regular para entender quais riscos o mercado entende como críticos, mapear quais de seus fornecedores e contratos estão expostos a ameaças e poder atualizar o programa de gestão de riscos de fornecedores da empresa para torna-lo mais efetivo e evitar a exposição de seus negócios.

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