Previdência complementar amplia interesse de servidores pelo planejamento financeiro

O raio-x das finanças no Ano Novo inclui previsões de investimentos de longo prazo para aposentadoria

A previdência complementar entrou na lista de prioridades dos servidores públicos. Neste novo quadro, o planejamento das finanças pessoais começa a englobar, além da busca por descontos sazonais no pagamento de impostos como IPVA, IPTU, matrículas e material escolar, a programação de investimentos de longo prazo para a aposentadoria.

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Os indicadores de longevidade revelam que a expectativa de vida do brasileiro aumentou. No campo previdenciário a previsão é que, ao atingir os 65 anos, ele terá pela frente, pelo menos, 18,5 anos adicionais. Para o vice-presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Jusivaldo Almeida, garantir uma aposentadoria tranquila e um padrão de vida sustentável requer uma mudança de comportamento.

“Cuide bem do seu dinheiro, pois um dia ele cuidará de você. Lembre-se de que poderá viver até os 100 anos”, alerta Jusivaldo, consultor especializado em educação financeira dedicado a orientar famílias e profissionais de diversas organizações sobre a melhor maneira de gastar, poupar e investir bem os recursos. Segundo o consultor, o servidor deve aproveitar todas as oportunidades de preservar seu capital e reduzir despesas. Os investimentos em previdência complementar, por exemplo, trazem um benefício fiscal embutido pois permitem diminuir a base de cálculo do Imposto de Renda, se utilizar a modelo da declaração completa.

Na avaliação do vice-presidente da entidade, “é muito importante fazer um raio-X das finanças inserindo as previsões de gastos do primeiro trimestre do Ano Novo”. Isto inclui aproveitar todos os descontos disponíveis no pagamento à vista da escola e material escolar e tributos relacionados ao veículo e imóvel.

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Para o consultor, as dívidas, se houver, devem ser analisadas com serenidade para uma administração equilibrada das contas pessoais. Os compromissos com garantia real, como prestação de imóveis, por exemplo, vêm em primeiro lugar, seguidos de itens essenciais, como serviços públicos de energia, telefonia, transporte, entre outros.

As despesas controladas, que estão dentro do vencimento e previstas no orçamento anual, como prestações de carro, faculdade e aluguel, por serem de médio e longo prazos, não precisam necessariamente ser antecipadas a não ser que tenha poupado para isto, assinala.

“O importante é não ser pego de surpresa em emergências e ter de recorrer a bancos e cartões de crédito”, afirma Jusivaldo. Sua recomendação é represar parte de entradas extras como 13º salário, adicionais de férias e eventuais bonificações, para montar uma reserva estratégica com o objetivo de assegurar recursos para enfrentar as situações inesperadas que surgem durante o ano. Desta forma, é possível fechar as contas do mês de forma equilibrada sem alterar os planos pessoais e familiares.

Educação financeira

Com o objetivo de conscientizar sobre a importância do planejamento como instrumento para atingir as metas e alcançar o equilíbrio financeiro, a Fundação de Previdência Complementar do Estado de São Paulo desenvolveu uma ação específica voltada para os servidores estaduais e participantes. A iniciativa, que integra o programa Conta Comigo da Fundação, foi organizada em parceria com a DSOP Educação Financeira.

As primeiras palestras com educadores da DSOP foram realizadas no final do ano passado em órgãos públicos da Capital, Campinas, São José do Rio Preto. Em 2019, estes encontros serão intensificados.

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