Uma outra saída para empresas que procuram crédito

Fundos de Investimento em Direitos Creditórios têm ganhado cada vez mais espaço no setor financeiro

A inadimplência das micro e pequenas empresas no Brasil nunca foi tão elevada. No final de 2018 eram mais de R$ 5 milhões em dívidas em atraso. Nesse cenário, ao qual se agrega uma liquidez cada vez mais apertada e menos linhas de crédito bancárias, obter capital de giro ficou muito difícil. A alternativa das empresas industriais – e cada vez mais das varejistas também – tem sido os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) multicedentes multissacados, de forma que elas obtêm crédito com base em seus recebíveis.

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A expectativa é confirmada pelo presidente da Associação Nacional dos Participantes em Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Multicedentes e Multissacados (Anfidc), Paulo Schonenberg. Durante o  3º Encontro Nacional da Anfidc, o especialista projetou um crescimento anual de 20% para o setor. “O destaque ainda fica com a indústria, especialmente as de metalurgia, alimentos e química. Em várias situações, as empresas conseguem taxas melhores do que as praticadas atualmente no mercado, enquanto os investidores qualificados que investem nos FIDC têm tido retornos entre 130% e 150% do CDI”, explicou.

O patrimônio líquido dos FIDC era de R$ 16 bilhões em agosto do ano passado.

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