“Setor de seguros será protagonista de um novo momento no Brasil”

Marcio Coriolano assume novo mandato na CNseg; Diretoria da Confederação, Conselhos, Presidentes e Diretorias de Federações são empossadas

Marcio Serôa de Araujo Coriolano assumiu novo mandato como presidente da Confederação Nacional de Seguros Gerais (CNseg). A posse aconteceu em cerimônia especial, na Zona Sul de São Paulo (SP), e reuniu diversas lideranças do mercado brasileiro de seguros.

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Além de Marcio Coriolano, foram empossados Marcelo Farinha, na Federação Nacional de Capitalização (Fenacap), Jorge Nasser (FenaPrevi), João Lima (FenaSaúde) e Antonio Trindade (FenSeg). Além disso, os vice-presidentes das respectivas instituições, conselheiros e diretores compuseram a lista que comanda os rumos do setor de seguros no Brasil pelo triênio 2019-2022. Também participaram do momento líderes sindicais, representados pelo presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), Armando Vergílio.

“Fico muito satisfeito com esse reconhecimento, que não é individual, trata-se de um trabalho coletivo de toda a Confederação. Nosso trabalho caminha no sentido da especialização do corpo técnico, além de promover treinamentos e capacitações. Os três primeiros anos foram de muito trabalho e, neste novo mandato, caminhamos para a profissionalização do setor em parceria com o poder público”, explicou o presidente reeleito Marcio Coriolano.

O presidente da CNseg acompanhado dos presidentes das Federações do mercado brasileiro de seguros / Divulgação
O presidente da CNseg acompanhado dos presidentes das Federações do mercado brasileiro de seguros / Divulgação

As mudanças pelas quais o Brasil atravessa são desafiadoras. Na visão de Coriolano, as incertezas com o que vai acontecer reforçam a importância de se fazer uma seleção criteriosa sobre os acontecimentos. “Seja na política, na economia ou na sociedade precisamos responder com nossa especialidade em nossos mercados. Especificamente sobre a reforma da previdência, sabemos que trata-se apenas de uma das muitas reformas que devem acontecer. Existe um leque de disposições do governo justamente para privatizar, até mesmo no setor de seguros. Para crescer o Brasil também precisa de poupança e quem faz isso são as seguradoras”, afirmou.

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O presidente da CNseg comemora o fato de que o mercado segurador consolidou mais de R$ 1 trilhão em reservas técnicas no Brasil. “Isso corresponde a 25% da dívida pública. O setor de seguros será protagonista de um novo momento no Brasil. Um momento de poupança, de retomada na geração de empregos e também da economia”, finalizou.

Já o presidente eleito da FenSeg e da Chubb no Brasil, Antonio Trindade, demonstrou otimismo com o setor e destacou o papel estratégico do seguro. “O segmento de Seguros Gerais é responsável por um amplo leque de produtos, desde automóveis e satélites, residências, obras de infraestrutura, até a produção agrícola do interior do País. Caminha para um cenário de crescimento sustentado nos próximos anos e quer ser um parceiro para concretizar a agenda social e econômica do Brasil, ao proteger a população de toda a espécie de riscos e desonerar o orçamento do Estado”, afirmou.

O presidente eleito da FenaPrevi, da Bradesco Vida e Previdência e da Bradesco Capitalização, Jorge Pohlmann Nasser, argumentou que, no contexto da Reforma da Previdência Social, já não se pode mais discutir se deve ou não reformar o modelo de Previdência Social do país. “Devemos discutir qual a reforma possível nesse momento. E que seja da amplitude suficiente para recolocar o Brasil na rota de desenvolvimento sustentável. A FenaPrevi deu sua contribuição, ao apresentar sugestões para a Reforma, através do trabalho realizado pela FIPE, em parceria com CNSeg, ABRAPP e ICSS”, contou. Segundo Nasser, não basta esperar pela reforma. É preciso participar ativamente das discussões e ao mesmo tempo, destacar a importância do papel da Previdência Complementar como parte de um modelo moderno e equilibrado de Previdência para o Brasil. “Nossa agenda precisa avançar. E neste momento de mudanças no cenário nacional, surgem novas oportunidades para a construção de um modelo regulatório moderno, robusto e, fundamentalmente comprometido com o espaço democrático do diálogo para tornarmos cada vez mais sustentável nosso mercado”, disse.

O presidente eleito da FenaSaúde e vice-presidente do Grupo Notredame Intermédica, responsável pela Interodonto, João Alceu Amoroso Lima, destacou medidas propostas pela entidade em prol da sustentabilidade do segmento. Para ele, são relevantes questões como a adoção de programas de APS – Atenção Primária à Saúde e Redes Hierarquizadas e a admissão de hospitais públicos nas redes credenciadas das operadoras privadas. Ele também ressaltou o protagonismo da FenaSaúde no setor. “Sabemos que podemos contribuir de forma mais contundente, não apenas para a promoção da saúde e prevenção de doenças dos cidadãos, mas também para um ambiente favorável ao crescimento e desenvolvimento econômico e social do Brasil, desonerando o orçamento público, promovendo emprego, atraindo investimentos e gerando renda”, concluiu.

O presidente eleito da FenaCap e da Brasilcap, Marcelo Farinha, observou que o segmento contribui para ampliar o bem-estar das famílias, movimentar a economia e reforçar a poupança de longo prazo no país. “Nesse contexto, merece destaque o posicionamento estratégico da capitalização, que evoluiu de um estágio inicial em que os produtos eram apenas instrumentos para guardar dinheiro e concorrer a prêmios para um novo patamar, que consiste na oferta de um conjunto de soluções de negócios com sorteios, em atendimento a novas demandas dos consumidores. É solução para a conquista da disciplina financeira, para garantia locatícia, para o exercício da filantropia ou para incremento de outros segmentos econômicos. Isso explica, em parte, a resiliência do mercado em momentos de instabilidade”, ressaltou.

O diretor presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Leandro Fonseca, destacou a modernização regulatória como o caminho para tornar o segmento mais produtivo e assegurar seu desenvolvimento sustentável. “Em razão disso, a modernização constará da nova agenda regulatória da ANS para o período compreendido entre 2019 e 2021”, afirmou Fonseca.

De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros (Fenacor), Armando Vergílio, “o novo salto de crescimento do mercado dependerá da união dos seus pares em torno de um projeto que contemple, entre outros tópicos, o combate às vendas irregulares pelas associações, avanço da desregulamentação do setor, oferta de produtos inovadores para ampliar a base de consumidores e em linha com a consolidação da economia digital e com a era de riscos emergentes”.

Mauro Batista, presidente do Sindicato das Seguradoras, apontou a educação como o mecanismo para demonstrar à sociedade e ao Estado a importância do setor. “Nós seguradores temos de ter a determinação de investir em programas educativos e ser proativos e determinantes para essa travessia”.

A solenidade, realizada em São Paulo contou com cerca de 400 convidados, inclusive o Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Francisco de Assis Figueiredo; o subsecretário de Políticas Microeconômicas e Financiamento da infraestrutura, Pedro Miranda.

Confira alguns dos registros do JRS durante a cerimônia de posse:

*Com a colaboração de Superintendência – Executiva de Comunicação e Imprensa da CNseg

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