Susep visualiza transformações do mercado brasileiro de seguros

Conseguro 2019 aconteceu entre os dias 4 e 5 de setembro

Tecnologia, crescimento, inclusão social e disrupção. É assim que a Superintendência de Seguros Privados (Susep) vê o futuro do mercado segurador. “Essa base vai nos dar um grande impulso. E é isso que o setor precisa buscar”, afirmou Solange Vieira em sua palestra “Brasil – Já começa a dar certo”, durante a Conseguro, que aconteceu em Brasília, entre os dias 4 e 5 de setembro.

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Em TI, a Susep designou uma diretoria para enfatizar a importância do tema. “Todos nós estamos correndo para nós adaptar. A Susep, como todo órgão do governo tem limitações, mas estamos avançando. A apólice eletrônica é a tônica”, disse.  A inclusão social, segundo ela, é uma meta inclusive que beneficia muito o governo. Segundo ela, no Brasil, a participação do seguro público é maior do que o privado. “Temos de rever isso, trazendo para a iniciativa privada proteções como o seguro desemprego e também parte dos que procuram o SUS por estarem sem acesso a saúde suplementar”.

Ela afirmou que não basta a Susep lançar o desafio de pensar em com os produtos privados, como o seguro desemprego e saúde, podem ser mais eficiente do que no governo. ”Só que não adianta a Susep fazer a provocação, regulamentar, como fizemos com a circular que permite peças genuínas no conserto de automóveis para baratear o seguro, e o setor ficar temoroso de ofertar produtos. O governo está disposto a encolher, mais para isso o setor tem de estar disposto a crescer e correr riscos. E isso vale também para o seguro de crédito e exportação, uma pauta importante do ministério da Economia”, acrescentou.

Solange tem como lema a transparência. “Estamos trabalhando duro para isso. Queremos mais coberturas e concorrência, com qualidade no atendimento e novos produtos”, enfatizou. Desde que chegou na Susep, no início do ano, ela já assinou três decretos e criou quatro diretorias. “Estamos avançando, como mostra a ultima normativa que aprova os seguros intermitentes. Ninguém tem dúvidas de que o setor é um dos principais investidores institucionais do pais, com reservas de R$ 1 trilhão. Seguro é um instrumento importante. Se não funcionamos, o setor público se sobrecarrega. De modo a desonerar o estado e buscar um maior bem estar social com isso”, ressalta.

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Ainda buscando entender o funcionamento do mercado segurador do Brasil, comparando-o com o mundo, Solange disse ter duas certezas: há muito potencial para o setor crescer e é preciso trabalhar melhor a educação da população sobre risco.  No tema concorrência, a Susep tem buscado incentivar as seguradoras a elevar a qualidade dos serviços prestados e redução dos preços praticados. Ela apresentou um estudo comparando o Brasil com o mundo em taxas de administração e de corretagem. “Estamos muito acima do que vemos no mundo e precisamos melhorar esses dois indicadores”.

Solange citou duas ações de transparência que visam melhorar a concorrência. A primeira foi divulgar um ranking de fundos previdenciários, com as taxas cobradas pelas companhias, e que já está disponível no portal da autarquia. O outro, sobre reclamações de clientes contra seguradoras, deve ser publicado em 30 dias.

Ele ressaltou a importância das empresas agirem dentro de práticas em conformidade com a regulamentação. “As que agirem com condutas inadequadas precisam ser excluídas para não contaminarem todo o mercado”, finalizou.

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