Entenda sobre o crescimento do mercado online no Brasil

E-commerce ganha cada vez mais espaço como forma de expansão de diversas empresas

O mercado está propenso a sofrer alterações significativas de acordo com o cenário econômico, político e da comunicação. Através da popularização da web, o e-commerce, ou comércio eletrônico, ganha cada vez mais espaço como forma de expansão de diversas empresas.

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Sendo uma modalidade que permite explorar os mais variados recursos digitais, a influência e a dinâmica são evidentes em relação aos consumidores e, consequentemente, no mercado.

Os anos 2000 marcam o crescimento do comércio eletrônico em território brasileiro, pois, embora tenha surgido por cerca de 1990, foi neste período em que a criação e o uso do comércio eletrônico foram intensificados, assim como fusões e aquisições entre diversas empresas do mercado nos anos seguintes.

De acordo com a 38° edição do relatório Webshoppers, da empresa Ebit/Nielsen, em 2018, a alta do faturamento em comércio eletrônico marcou 12% comparado ao ano anterior. A expectativa é que a curva de crescimento seja mantida.

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Além disso, a líder comercial da empresa, Ana Szasz, aponta que nos últimos anos o crescimento tem destaque de itens não duráveis, que se referem a perfumaria e cosméticos. Isso se deve ao fato de apresentarem mais promoções e, devido aos preços oferecidos, contribui com que os usuários apostem na compra eletrônica.

Outro fator decisivo para o crescimento é o crédito facilitado, que foi significativamente expandido nos últimos anos e, hoje em dia, é amplamente utilizado como um meio de pagamento em diversos comércios eletrônicos.

Conheça os tipos de comércio eletrônico

Sem dúvidas, as possibilidades que podem ser exploradas no e-commerce também contribuem com a expansão desse modelo de negócios. Os principais tipos de acordo com os integrantes das transações são:

Business-to-business (B2B)

Nesse tipo de e-commerce, as transações contam com pessoas jurídicas, como é o caso de uma empresa que comercializa máquina para contar dinheiro para lojistas. Devido a natureza dos negócios, a exigência referente aos valores e prazos podem ser maiores.

É muito comum que as marcas que atuam desta forma tenham que lidar com um volume maior de itens por pedido, o que também pode estar relacionado com quesitos como uma quantia ou quantidade mínima por aquisição.

Outro exemplo é a comercialização de tacógrafo eletrônico para empreendimentos que atuam no setor veicular, uma vez que corresponde a um dispositivo que têm como principal funcionalidade monitorar fatores cruciais como a distância percorrida e velocidade.

Business-to-consumer (B2C)

Diferentemente do modelo citado acima, o B2C consiste em transações efetuadas de pessoas jurídicas para físicas. As modalidades não são restritivas, os empreendimentos podem atuar em somente uma ou nas duas vertentes do mercado.

Como exemplificação, uma empresa que tem um e-commerce que atende oficinas e comercializa itens como óleo de câmbio automático, também pode apresentar uma seção para que os proprietários possam obter acessórios e itens para cuidados com o veículo.

Customer-to-business (C2B)

Por mais que os modelos anteriores sejam de grande destaque, a modalidade C2B também vem ganhando um espaço significativo. Nesse caso, há uma troca de papéis em relação ao anterior, onde a pessoa física é provedora dos serviços ou produtos e atende a pessoa jurídica.

Um exemplo deste caso são bancos de imagens, onde é possível enviar materiais e as empresas podem adquirir fotos para uso variado, por exemplo, em conteúdos elaborados para um blog.

O que é S-commerce e M-commerce?

São vertentes do e-commerce que são cada vez mais exploradas ao longo do tempo e que apresentam um aumento significativo nos últimos anos. Em relação às alternativas anteriores, as divergências que M-commerce e o S-commerce apresentam estão associadas com o canal de atuação.

O primeiro caso corresponde ao mobile commerce, ou seja, modos de vendas próprios para dispositivos móveis, o que vai além de garantir que a loja virtual tenha um design responsivo, uma vez que muitas marcas hoje em dia investem em aplicativos próprios devido a popularização dessa modalidade e do uso evidente dos aparelhos no dia a dia.

No setor veicular, por exemplo, acessórios são muito requisitados e nesse caso, uma marca pode criar um aplicativo com as opções disponibilizadas, como aparelho para injeção eletrônica, além de dicas e onde encontrar suporte.

Já no caso do S-commerce, trata-se de uma alternativa que abrange as redes sociais. A respeito deste ponto, para compreender a importância e a relação com o crescimento do comércio eletrônico, é válido citar que diversas opções de atuais contam com recursos propícios para vendas.

Há possibilidade tanto de apostar na inserção de links quanto para conduzir os usuários para o e-commerce da marca, para a plataforma de pagamento ou aplicativo.

Além disso, de acordo com o Sebrae, em uma pesquisa quantitativa realizada em 2016, com relação aos canais cruciais para concretização das vendas online, as redes sociais apresentaram os números mais altos, marcando 72%.

Quais são as vantagens de abrir um e-commerce?

Há benefícios significativos na abertura de um e-commerce, seja com foco apenas nesse meio ou como uma forma de expandir os negócios. Afinal, com as informações abordadas, é possível observar o número de possibilidades que cada vez mais esse tipo de negócio apresenta, assim como suas vertentes.

Entre os benefícios de maior destaque estão:

Redução de custos

A redução de custos também é um fator a ser observado, uma vez que para estruturar um e-commerce, há um menor investimento envolvido, principalmente em relação aos fatores físicos, como mobília e lojas.

Não significa necessariamente que o investimento em um e-commerce seja baixo, mas certamente os aspectos que exigem investimento são significativamente distintos. 

Dependendo da organização do empreendedor em relação a escolha de plataforma, otimizações, equipe, logística e outros fatores, há grandes possibilidades de economia.

Mercado mais diversificado

Há mais chances de explorar modelos diferenciados de negócios. Por exemplo, uma empresa que comercializa papel de parede para quarto pode ir além em prol de estratégias para alavancar as vendas, como apostar nos produtos digitais, por exemplo, e-books sobre decoração, dicas sobre preservação e instalação.

Amplificação temporal e geográfica

Por intermédio do e-commerce, certas barreiras que existem nas lojas físicas são ultrapassadas. Pode-se citar como exemplificação um cliente de uma oficina mecânica completa, que frequentemente adquire produtos para seu veículo, além de solicitar reparos e manutenções.

Naturalmente, caso a oficina não conte com um e-commerce com seus produtos, o cliente terá que esperar determinado horário para ir ao local para adquirir o que almeja. No entanto, na existência de um e-commerce, seria mais prático identificar os valores, descrições e demais informações a respeito dos produtos, como de um som automotivo interno.

Em qualquer segmento, até mesmo em momentos em que a loja física está fechada, dados relevantes para os consumidores podem ser transmitidos pela plataforma digital, o que contribui com a comodidade dos clientes.

Suporte na decisão de compra

De uma certa maneira, os fatores apresentados anteriormente a respeito das informações disponibilizadas também contribuem com a decisão de compra. Isso se deve ao fato de que há grandes chances de tornar a experiência dos usuários mais rica.

O acesso é mais fácil às informações e essa questão deve ser averiguada nas estratégias, uma vez que o usuário pode buscar não apenas no site da marca em si, como em plataformas de avaliação e comentários em redes sociais sobre determinado produto ou serviço.

Dicas para um e-commerce de sucesso

Em meio ao crescimento apresentado, inclusive com tamanha diversidade, é preciso que os empreendedores tenham uma maior atenção em diversos pontos que naturalmente não seriam relevantes no caso de uma loja física, tais como:

  • Tipo de plataforma;
  • Disposição de informações;
  • Conteúdos de qualidade;
  • Confiabilidade.

Por exemplo, ao procurar por um purificador de agua gelada em uma loja, o consumidor em potencial pode tocar o produto e ter uma noção mais fiel de suas características. Por esse motivo, determinadas adaptações são cruciais ao se tratar do comércio eletrônico.

A confiabilidade deve ser transmitida e, por isso, é preciso apresentar não apenas informações e imagens de qualidade em relação aos itens vendidos ou serviços prestados como também um design satisfatório.

É por meio do design que o cliente em potencial pode ter maior interesse de explorar as páginas, comparar preços e, certamente, de concretizar a contratação do serviço ou a compra.

Investimentos em marketing digital, como em conteúdo e automação, podem contribuir de maneira significativa para a atração de consumidores em potencial, preservação da qualidade, produtividade e, consequentemente, o fortalecimento da marca.

O crescimento do e-commerce acompanha as modificações de diversos cenários, principalmente em relação ao acesso do público as redes digitais. Dessa maneira, não apenas no modelo a ser selecionado, como também nas estratégias aplicadas, é interessante que existam análises precisas.

Embora o crescimento seja notável devido às possibilidades que podem ser exploradas, há necessidade de que os empreendedores tenham cautela devido a competitividade e dificuldades que podem ser encontradas para a inserção de empresas novas no mercado.

*Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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