Irregularidade inviabiliza pagamento de seguro às famílias das vítimas de acidente com voo da Chapecoense

Clube brasileiro enfrentaria o Atlético Nacional pela decisão da Copa Sul-Americana

Documentos enviados ao Senado Federal revelam os diversos problemas operacionais da companhia aérea LaMia, responsável pelo voo que vitimou integrantes da delegação da Chapecoense, em 2016. Ao todo foram 71 mortes, entre jornalistas, membros da tripulação, jogadores e comissão técnica da equipe que enfrentaria o Atlético Nacional pela decisão da Copa Sul-Americana daquele ano. A empresa estava proibida de realizar voos fretados no espaço aéreo colombiano. Por este motivo até hoje o pagamento de seguro às famílias das vítimas não foi realizado.

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Ainda em 2016, a Newsletter do JRS destacou que a LaMia tinha um patrimônio dez vezes menor que o valor estipulado pelo seguro, de acordo com a Convenção de Montreal, de 1999. O tratado determina uma indenização mínima de US$ 170 mil dólares, paga pela companhia aérea aos familiares de cada vítima em acidentes aéreos, sem contestação judicial. O capital da LaMia em outubro de 2016 era estipulado em US$ 16,5 mil, um número dez vezes menor. O capital inicial definido pela empresa é de US$ 21,5 mil, cifra que também está abaixo da indenização.

Analistas questionam como o patrimônio da LaMia estava abaixo até mesmo das tarifas cobradas pela própria empresa em cada voo, que oscilavam entre U$ 85 mil e U$ 100 mil – cinco vezes o valor do patrimônio declarado à época.

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