Qual o novo papel do corretor de seguros?

Tema foi abordado em encontro promovido pela ENS, em São Paulo

Que o papel dos corretores de seguros está mudando é um fato. Diante do atual cenário regulatório do setor, é preciso se reinventar e se atualizar para acompanhar todas as mudanças. Foi pensando nisso que a Escola de Negócios e Seguros (ENS) recebeu, nesta terça-feira (05), em São Paulo, Renato Gonçalves, sócio-diretor da Movida Consultoria e Corretagem de Seguros, para uma palestra sobre O novo papel do corretor de seguro.

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O evento reuniu mais de 100 pessoas e contou também com um painel sobre O crescimento do mercado de seguros e os papéis das entidades representativas do segmento, como a Susep e Ibracor, com Ildelbrando Neres, sócio diretor da Neres Corretora de Seguros; Giuseppe Calabro, sócio do Valor Global Consultoria e Corretagem de Seguros; e André Rezende, sócio na WinSeg Consultoria. Na abertura, Maria Helena Monteiro, Diretora de Ensino Técnico da ENS, explicou que a ideia foi realizar um bate-papo mostrando quais as oportunidades desse mercado. “Estamos vivendo um importante momento na profissão e temos um mar de possibilidades para explorar. Por isso, reunimos profissionais qualificados para discutir sobre o tema”, explica.

Para Renato Gonçalves, o novo momento dos corretores de seguros pede que o profissional atue como empreendedor: “Visualizando todas as oportunidades, ameaças e fraquezas que o mercado nos oferece para entregar uma experiência muito mais efetiva e completa para o cliente”. Segundo o especialista, é muito importante que os corretores de seguro se mantenham atualizados. “Hoje existem inúmeros cursos de capacitação que trazem temas atuais e esse é um ponto primordial para se diferenciar no mercado”, conta Renato.

Ildelbrando Nerres apresentou números que mostram que a receita de produtos de acumulação (prev+vgbl) cresceu 16% de 2018 para 2019. “Contra números não há fatos, isso mostra claramente o quanto esse mercado é favorável e pode crescer”, explica. Quando questionado se a profissão do corretor de seguros irá acabar, Giuseppe Calabro explicou que enquanto o cliente entender que o corretor é relevante no processo, a profissão não irá acabar: “Nós precisamos conhecer aquilo que estamos fazendo e mostrar qual a responsabilidade do corretor de seguros frente aos clientes. Por isso, é muito importante nos dedicarmos no atendimento e oferecermos coisas novas para efeito do seguro”.

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André Rezende trouxe para discussão a chegada da transformação digital no setor. “Ao longo dos últimos três anos tenho acompanhado alguns eventos sobre insurtechs e poucos trazem soluções pensadas no corretor. Mas, eu não acredito que isso levará ao fim da profissão. Nós, corretores de seguros, temos que implementar essas novas tecnologias no dia a dia para otimizar tempo e anular processos morosos. Temos que assumir um papel muito mais humanizado no atendimento para entregar a melhor solução para o cliente”, explica.

Como convidado especial o evento recebeu também Marcos Abarca, primeiro secretário do Sincor SP, que explicou que mercado vive um momento inquietude. Segundo ele, politicamente, as entidades representativas dos corretores de seguros estão trabalhando em prol da categoria principalmente para garantir diretos e consolidar a posição mercado. “Os Sindicatos de todo Brasil, o Ibracor e a Escola trabalham de mãos dadas. Tem muita gente se perguntando o que deve fazer, onde deve buscar formação profissional ou fazer o registro. Mas coisas não mudaram, a Susep só delegou ao Ibracor o poder de dar continuidade ao trabalho de habilitação e registros. Mas isso não significa que as entidades estão trabalhando de forma separada”, explica Abarca.

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