No Facebook, Fábio Luchetti critica depoimento da superintendente da Susep

Ex-presidente da Porto Seguro defendeu os corretores e as seguradoras brasileiras

No último dia 06 (quinta-feira), o ex-presidente da Porto Seguro, Fábio Luchetti, veio a público através do seu perfil do Facebook criticar a declaração da atual superintendente da Susep, Solange Vieira. Em seu depoimento ao site Valor Econômico, a economista afirmou que o mercado de seguros brasileiro é concentrado e obsoleto, além de possuir baixo uso de tecnologia. Luchetti rebateu, e defendeu o mercado das seguradoras.

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Icatu Seguros no JRS

“Eu acredito que a Sra. Solange Vieira da Susep esteja sendo posicionada pelos técnicos que nem sempre estão sintonizados com o mercado, infelizmente. Como a própria matéria diz, faz anos que as seguradoras pleiteiam flexibilidades nas regras de produtos, desde contratação até indenizações e sempre encontrou uma Susep refratária”, afirmou Luchetti.

Para Solange Vieira, atualmente no Brasil não se contrata seguros via internet ou celular, mesmo os produtos massificados. “Queremos que o seguro possa ser utilizado dessa forma. Gostaríamos que as plataformas de diversas seguradoras pudessem ser facilmente comparadas pelo consumidor e que a concorrência de preço fosse mais efetiva”, declarou a superintendente.
Em sua entrevista, Vieira também falou sobre o projeto de implementação de apólice eletrônica que corria na Susep há dez anos sem avançar e que após assumir a superintendência, uma nova consulta pública foi levada a mercado.

“A implementação de uma base tecnológica inicialmente é cara. A mudança de plataforma tem um custo inicial e se você não é pressionado pela concorrência é natural que se acomode. Por isso, acho tão importante incentivar a concorrência, para que novas empresas surjam nos mercados e que pressionem as grandes seguradoras a buscar uma mudança no modo de negócios que elas têm hoje”, completou Vieira.

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Luchetti concorda com a economista sobre o mercado possuir espaço para avanços tecnológicos e digitais, mas discorda sobre “bater” nos corretores de seguros. Em relação a este assunto, o ex-presidente,afirmou que “95% dos seguros no Brasil são contratados por esses profissionais, autônomos e só ganham se vendem. Assumem riscos trabalhistas, empregam mais de 200 mil funcionários num país de desempregados. Exercem um papel isento na defesa dos interesses dos seus clientes num momento de sinistro”.

Ao final do seu desabafo, Luchetti disse acreditar que existem oportunidades para melhorar os processos seguradoras, consumidores e corretores, e concluiu “acho importantíssimo que a Susep pare com essa demonização aos corretores de Seguros, pois, num país sem cultura e com baixa educação, ninguém acorda querendo comprar seguros. Os corretores são agentes sociais. Protegem o patrimônio e o bem estar das famílias brasileiras, educando-as e sensibilizando-as para fragilidades que merecem coberturas específicas”.

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