Bradesco: Quase 20% das 54 mil empresas com crédito pré-aprovado aderiram à linha da folha de pagamento

Instituição tem 125 mil clientes elegíveis à modalidade

O Bradesco informou nesta segunda-feira que 20% das 54 mil pequenas empresas com crédito pré-aprovado pelo banco para tomar o crédito para financiamento da folha de pagamento, aderiram à linha, lançada há uma semana. A instituição tem 125 mil clientes elegíveis à modalidade.

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Segundo Eurico Fabri, vice-presidente de varejo do Bradesco, os gerentes do banco estão procurando ativamente as companhias para informá-las sobre a existência da linha. O executivo disse que é cedo para saber se a demanda chegará a 100% dos recursos disponibilizados pelo Tesouro e pelos bancos para a modalidade, em princípio válida por dois meses. No entanto, caso a linha seja prorrogada, provavelmente a totalidade do dinheiro será consumida.

Em teleconferência com analistas e jornalistas, o presidente do banco, Octavio de Lazari Jr., reafirmou que, agora, será necessário resolver a situação de setores específicos, como aéreo, automotivo e de energia – conforme já havia dito em entrevista ao Valor.

Nesse sentido, Lazari disse que haverá uma reunião entre bancos e BC na tarde desta segunda-feira para discutir soluções para determinadas cadeias produtivas.

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Questionado sobre o assunto, o executivo observou também que o banco não tem aquisições em vista, embora sempre olhe boas oportunidades no mercado. “Não tem nada, nenhuma empresa, banco, fintech, que esteja no radar’, afirmou ao ser questionado se avalia a compra do C6 Bank ou de outros ativos.

Também na teleconferência, Lazari reafirmou que a crise do coronavírus levará a uma utilização maior dos canais digitais do banco e lembrou que 96% das transações de clientes são feitas por meio de autosserviço (caixas eletrônicos, celulares e internet banking).

Em relação às operações da Bradesco Seguros, o executivo disse que o momento ainda é de entender o impacto do coronavírus. O presidente da seguradora, Vinícius Albernaz, afirmou que, até agora, na área de saúde houve uma redução nos pedidos de consultas eletivas e um aumento nas demandas relacionadas a internações, por exemplo. No ramo de automóveis, houve queda nas sinistralidades relacionadas a roubos e furtos.

“Ainda é cedo para que a gente tenha um quadro claro desse movimento. Vale mencionar aqui que, apesar dessa queda nos procedimentos seletivos [de saúde], parte será remarcada à frente”, afirmou Albernaz.

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