Correspondentes cambiais superam bancos em meio ao coronavírus

Transferência de patrimônio no exterior despencou com o dólar alto, além disso, caiu mais de 60% o movimento da mesa de câmbio de qualquer banco brasileiro nesse tipo de operação

Influências do cenário econômico exterior andam causando consequências amplas diante da economia brasileira, decorrente ao novo vírus, à vista disso, a aversão à pandemia do coronavírus (Covid-19), fez com que empresas e escolas paralisassem suas operações, resultando em grandes impactos e transformando o cenário atual em incerto e repleto de oscilações. Dessa forma, realizar transferências de bens e pertences para outros países está se tornando um trabalho árduo, pois os sujeitos que participam deste meio não obtêm informações suficientes para saberem ao certo o que fazer, gerando dubiedade para o futuro.

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Com o dólar operando acima de R$ 5,00, a transferência de patrimônio para o exterior cai expressivamente, e Fernando Bergallo, Diretor de Câmbio da FB Capital, aponta que, essa situação do cenário econômico decaindo irá perdurar por aproximadamente 8 semanas.

“A transferência de patrimônio no exterior despencou com o dólar alto, além disso, caiu mais de 60% o movimento da mesa de câmbio de qualquer banco brasileiro nesse tipo de operação. Mas, o mercado financeiro é resiliente, a gente ainda tem umas 8 semanas de cenário muito ruim, mas depois disso o mercado vai voltar, tudo vai voltar ao normal, obviamente com parâmetros diferentes, o dólar em um patamar um pouco mais alto, economia um pouco mudada, mas, nós vamos reestabelecer o ponto que estávamos antes dessa crise toda”, analisa.

As pessoas que querem realizar a transferência para fora do Brasil estão passando por um momento de indefinições e confusões, pois a guerra de informações que está ocorrendo contribui para que os interessados fiquem dispersos.

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“As pessoas estão totalmente perdidas. A gente fala com clientes diariamente, temos mais de 5.000, e eles estão totalmente perdidos, alguns com a convicção de que vai piorar, outros com a convicção que vai melhorar, e com essa guerra de informações que temos, mesmo dentro do Governo Federal, cada um acha uma coisa, e só contribuem para isso. Como todos estão absolutamente perdidos, está todo mundo parado, o ponto relevante é, ninguém consegue tomar qualquer decisão neste cenário”, relata.

Em meio a este desarranjo, os bancos estão funcionando de uma forma bastante limitada, por conta do isolamento social, resultando em muitos clientes com dificuldades de fechar o câmbio, posto isso, eles estão optando por correspondentes cambiais e operadoras independentes, superando os bancos de rede. “Capacidade das redes de banco estão comprometidas, existem clientes que estão tentando fechar câmbio com uns bancos e não conseguem”, explica.

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