Aon analisa impacto do coronavírus nos negócios

Em webinar, especialistas da consultoria global avaliam nova realidade online, danos de imagem, ataques cibernéticos e mudanças nas apólices de seguro

Com o objetivo de mapear o impacto da pandemia nos diferentes desdobramentos do ambiente de negócios, a Aon, consultoria global em riscos e saúde, reuniu especialistas para analisar a exposição ao risco e as ações que as organizações podem adotar para minimizá-lo. Em meio à aceleração do processo de retração econômica, redução da demanda e crise do petróleo, além da diminuição do caixa, as empresas precisam lidar com a nova realidade de home office e do transporte intenso de mercadorias com negócios essencialmente online. Diante desse cenário, é preciso administrar eventuais danos de imagem, ataques cibernéticos e mudanças regulamentares.

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Alguns desses diagnósticos foram apresentados nesta terça-feira (05) em um webinar, promovido pela companhia, sobre o Impacto da Pandemia na Gestão Integral dos Negócios, que contou com a participação do Vice-Presidente executivo de Commercial Risk Solutions, Eduardo Takahashi; do Diretor de Property & Casualty, Alexandre Jardim; do Diretor de Gerenciamentos de Riscos, Alexandre Botelho; do Diretor de Transportes, Ricardo Guirao; do Diretor de Produtos Financeiros, Fernando Demier; do Gerente de Linhas Financeiras, Mauricio Bandeira; do Especialista em Risco Cibernético, Marco Mendes; e do Head de Soluções de Crédito, Cesar Mariozzi.

O Vice-Presidente executivo de Commercial Risk Solutions da Aon Brasil, Eduardo Takahashi citou os riscos que mais preocupam os empresários de acordo com a Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos, lançada no último ano e como a pandemia acelerou esse processo. “Desaceleração da economia, interrupção de negócios, danos à reputação e à imagem, commodities (alimentos, clima, petróleo), fluxo de caixa e liquidez foram alguns dos pontos detectados. Como consultoria, temos o papel importante de ajudar as empresas a navegarem melhor dentro desse momento econômico adverso”, explica.

Entre os pontos levantados pelos especialistas está o mapeamento dos eventos internos, onde as empresas têm maior capacidade de gestão e controle, e os externos, com uma gama muito maior de situações: risco político, econômico, de regulamentação e probabilidade de acidentes, entre outros. Cada cenário pode afetar as companhias de uma forma, seja diretamente em sua cadeia produtiva, ou indiretamente, via consumo. “O risco pode ser absorvido ou pode ser transferido para outras empresas; o importante é que seja administrado e mitigado para que a transferência seja feita de forma adequada”, ressalta o Diretor de Property & Casualty da Aon Brasil, Alexandre Jardim.

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Para minimizar as consequências e impactos, é fundamental ter um plano de gestão de crise. “É preciso avaliar as funções que podem ser executadas remotamente, rever estratégicas e logística, níveis de estoque, reavaliar alternativas de fornecedores, para evitar falta de equipamentos e, além de tudo, escolher tecnologias adequadas para a gestão remota”, aponta o Diretor de Gerenciamentos de Riscos da Aon Brasil, Alexandre Botelho. “A vigilância e a comunicação são primordiais: é preciso monitorar os acontecimentos e informar com transparência para todas as partes interessadas.”

Gerente de Linhas Financeiras da Aon Brasil, Mauricio Bandeira destacou o aumento expressivo de ataques criminosos com o uso intensificado da internet fora do ambiente corporativo. “Muitas vezes, os colaboradores usam redes públicas e desprotegidas, além da maior recorrência de phishing e ransomware, o que demanda treinamento das pessoas para proteger as informações da empresa.”

Com a concentração do comércio online, surgem também grandes mudanças na logística de transporte de carga, que requerem adaptações nos contratos de seguro. “Normalmente, as apólices cobrem perda de carga ou dano material causado a ela. Os pontos de atenção são os atrasos, que não têm cobertura. Muitos têm mudado os objetos de seguro e negociado extensão dos prazos com as seguradoras”, informou o Diretor de Transportes da Aon Brasil, Ricardo Guirao.

Nesse momento de incertezas, o seguro de crédito pode ajudar as empresas a mitigar os riscos. “Com a redução do faturamento pela queda do comércio e dos serviços, o seguro de crédito vem trazer proteção e previsibilidade ao fluxo de caixa das empresas”, pontua o Head de Crédito da Aon Brasil, Cesar Mariozzi. Ele aponta o instrumento como alternativa para proteger o recebível e descontar o título junto às instituições financeiras com condições melhores.

O webinar conectou mais de 330 pessoas em todo o Brasil. Além da consultoria diária aos seus clientes, a Aon disponibilizou um canal para dúvidas e um website com atualizações sobre o assunto. Para conferir o evento realizado no Brasil na íntegra, acesse: https://aon.inf.br/3cjquq0.

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