Entidades falam da dificuldade em dialogar com a Susep

Presidentes do Sincor-SP e Fenacor também discutiram os últimos acontecimentos do mercado

Para estreitar o relacionamento com a imprensa do setor de seguros, o Sindicato de Empresários e Profissionais Autônomos da Corretagem e da Distribuição de Seguros do Estado de São Paulo (Sincor-SP) realiza periodicamente o Fórum com a Imprensa Especializada. Na última edição, que aconteceu nesta quinta-feira (28), o presidente Alexandre Camillo recebeu o líder da Fenacor, Armando Vergílio, para discutir os últimos acontecimentos do mercado e, principalmente, as decisões recentes da Susep.

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Sobre os conflitos com a autarquia, o presidente do Sincor-SP fez uma retrospectiva desde que a nova superintendente assumiu o cargo, ressaltando que tanto os Sindicatos quanto a Federação buscaram o diálogo para entender melhor as medidas da Susep. “Todas as decisões tomadas até o momento, desde que a nova gestão assumiu, causaram intranquilidade ao mercado de seguros, principalmente aos corretores, já que a maioria atingem a categoria”, explica.

Camillo ainda destacou que as lideranças dos corretores tiveram encontros com a superintendente, antes da publicação da Medida Provisória 905, que desregulamentou a profissão, para dialogar sobre o desenvolvimento do mercado e pontua: “A nova gestão da Susep tem uma missão, que ainda não sabemos qual é, mas não está disposta a dialogar”.

Para o presidente da Fenacor, é lamentável que a autarquia esteja tomando tantas decisões que prejudicam os corretores. “Não era para estar acontecendo esse tipo de conflito, não fomos nós que provocamos isso. Não podemos deixar de reagir. Tudo isso é reação. Se não estivéssemos reagindo, nós não estaríamos cumprindo nosso papel de defesa da categoria”, completa.
Vergílio lembrou das ações tomadas pela Federação para tentar barrar a MP e, mais recentemente, o recadastramento anunciado pela Susep. “Essa é a primeira vez que as entidades representativas do setor buscam apoio judicial para barrar as decisões da autarquia”.

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O recadastramento dos corretores também foi criticado pelas lideranças, que destacaram a fragilidade do sistema utilizado pela autarquia. “O sistema frágil, falho, expõe os das pessoas, além de ser suscetível a fraudes. Sempre fomos a favor do recadastramento periódico, mas não dessa maneira”, pontua Vergílio.

Eventos e outras ações

O presidente do Sincor-SP também falou sobre a não realização do Conec este ano, destacando que a decisão foi difícil de ser tomada, mas a responsabilidade com a saúde dos participantes foi fundamental para o cancelamento do evento. Camillo e Vergíilio ainda falaram sobre a possibilidade de realizar o Congresso Nacional em São Paulo em 2021.

“Na mesma data que aconteceria a abertura do Conec, 25 de setembro, realizaremos um encontro, o Sincor Digital – Conectando Corretores de Seguros, com o objetivo de estreitar o relacionamento com a categoria e atualizar os profissionais, mesmo que de forma online”, explica Camillo.

Camillo anunciou que a partir de 1º de julho todas as regionais do Sincor-SP passarão a atuar de forma online e digital. “Tínhamos começado esse processo no ano passado, iniciando com 10 escritórios. Nesse momento, decidimos colocar todas as outras no formato online também, tanto pela experiência de sucesso das primeiras quanto pelo novo normal que virá. A decisão não se deve somente pela pandemia, mas também pela predisposição da diretoria do Sincor-SP em se adaptar para novos momentos”, finaliza.

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