Generali obtém lucro de 2,7 bilhões de euros no primeiro semestre

A seguradora considerou positivos os resultados, mesmo que afetados pelo impacto do fundo emergencial da Covid-19

O grupo Generali Seguros consolidou os resultados do primeiro semestre em balanço divulgado em 30 de julho. Para a seguradora italiana, os números foram considerados excelentes, tendo em vista que foram produzidos em um “ambiente desafiador”, no qual aconteceram imprevistos como o assentamento BSI e o impacto do fundo emergencial da Covid-19. A “sólida posição de capital” foi confirmada com o lucro de 2,7 bilhões de euros no primeiro semestre.

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O CEO do Grupo Philippe Donnet comentou: “O desempenho do primeiro semestre confirma a estratégia do Grupo, a solidez de seu modelo e a excelência técnica da Generali, que nos capacita a encarar essas circunstâncias sem precedentes. Uma das prioridades-chave do Grupo foi apoiar as comunidades impactadas pela Covid-19 através do Fundo Extraordinário Internacional e outras iniciativas.

Nós também respondemos a esse momento desafiador acelerando nossas inovações e transformações digitais de nossos negócios e estruturas operacionais. Além disso, nós continuamos a executar nossa Estratégia Generali 2021 de maneira disciplinada e efetiva enquanto buscamos um crescimento sustentável.

Eu gostaria de reconhecer, em especial, às nossas pessoas – funcionários, agentes e parceiros – que garantiram a continuidade dos negócios durante esses tempos difíceis e que demostraram seus compromissos em ser Parceiros para Toda a Vida de nossos clientes, um comprometimento destacado na primeira campanha publicitária global lançada pela Generali em julho”.

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C Josias & Ferrer no JRS

A empresa divulgou detalhes do desempenho entre janeiro e junho de 2020:

Operações resultam em 2,7 bilhões de euros, com um aumento nos negócios P&C e na Gestão de Ativos, também apoiado pelas recentes aquisições, pela Holding e outros negócios, os quais oferecem uma queda no segmento Vida.
Excelência técnica confirmada, com uma Relação Combinada de 89,5% (91,8% 1H19) e uma Nova Margem de Negócios de 3,94% (4,40% 1H 19)

O total bruto de prêmios emitidos alcançou 36,5 bilhões (+1,2%) graças ao desempenho positivo dos negócios de Vida (+1,3%) e P&C (0,9%). Entradas líquidas do segmento Vida, focadas nas linhas de unidade e de proteção, alcançaram 7 bilhões de euros (-4,9%) e as provisões técnicas de vida aumentaram para 372 bilhões de euros (+0,7%).

O segmento de Gestão de Ativos lucrou 164 milhões de euros (+23%)

O Coeficiente de Solvência continuou a ser sólido em 194% (-2 pps vs 1Q20)

O lucro líquido do Grupo foi de 774 bilhões (-56,7%), refletindo os 226 milhões investidos no desempenho do mercado financeiro, os 182 milhões para o acordo de arbitragem para vendas de BSI e a contribuição de 1002 milhões para o Fundo Extraordinário Internacional para a emergência da pandemia.
O lucro líquido ajustado3, excluindo a despesa pontual do Fundo Extraordinário Internacional para o COVID-19, foi de 1,032 milhões (-21,2%).

Mudanças em prêmios, entradas líquidas de Vida e PVNBP (valor presente dos prêmios de novos negócios) são apresentadas em termos equivalentes (taxas de câmbio constantes e escopo de consolidação). Mudanças nos resultados operacionais, investimentos próprios e provisões técnicas de Vida excluem ativos alienados durante o mesmo período de comparação.

Esse montante, líquido de impostos, é de 75 milhões de euros.

Os ajustes dos lucros líquidos não incluem o impacto dos ganhos e perdas sobre alienação, contando -183 milhões de euros no 1H20, resultado do contrato de venda do BSI (479 milhões 1H19, relacionado à venda Generali Leben e aos negócios belgas).​

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