Confiança do consumidor está no maior patamar desde o começo da pandemia

É o que aponta levantamento divulgado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP)

O Índice Nacional de Confiança (INC), pesquisa realizada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) junto à startup de tecnologia Behup, aponta que este é o momento em que o consumidor se mostra mais confiante em relação à sua situação financeira, desde o início da pandemia. Os números de outubro alcançaram 87 pontos, comparados aos 83, registrados nos dois meses anteriores.

Publicidade

Houve aumento da confiança do consumidor em todas as regiões do País, com o maior nível do índice para a região Sudeste, que chegou a 94 pontos. Em seguida, com 90, vêm as famílias do Centro-Oeste; Norte e Nordeste, ficaram empatados com 81. Os entrevistados do Sul do País também anotaram aumento na confiança, com 79, número menor do que as outras regiões, mas com crescimento mais acentuado. A pesquisa INC tem índice que varia de 0 a 200 pontos. Ou seja, apesar da melhora da percepção do futuro, o Brasil ainda não está no campo otimista.

“O consumidor está recuperando sua confiança em função do auxílio emergencial e da perspectiva de continuidade da flexibilização das medidas do isolamento social”, analisou Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.

Os brasileiros integrantes da Classe “C” são os que estão vendo a economia de maneira melhor em outubro (97), muito próximo do índice de janeiro (100), época anterior à pandemia. Os da “AB” registraram 78, enquanto os da “DE” ficaram com 72. Pode-se dizer, no entanto, que houve aumento de confiança generalizado em todas as classes socioeconômicas. “O auxílio emergencial, do Governo Federal, beneficia relativamente mais a Classe C do que as outras”, avaliou Ruiz de Gamboa. “Isso explica o porquê de as famílias que pertencem a esse segmento exibirem o maior índice de confiança, embora todas as classes sociais tenham melhorado a percepção de futuro”, avaliou Ruiz de Gamboa.

Publicidade

Divulgação
Divulgação

Nesta pesquisa, foi solicitado que cada família respondesse sobre a economia, sua situação financeira, emprego e em como se sentiam em relação à vida que levam hoje. Do total, 50% mostraram-se muito insatisfeitos ou insatisfeitos, patamar que vem caindo desde o pico registrado em maio (59%), período que já sentia maior afrouxamento do isolamento social.

Divulgação
Divulgação

O número de pessoas que projetam um futuro melhor está em 40%. As que acham que vai ficar tudo como está hoje é de 34% do universo de entrevistados. Somente 17% acreditam que a economia estará pior ou muito pior, e 9% não souberam dizer. “A cada mês que passa, as pessoas veem que o fim da pandemia e, consequentemente, do isolamento social se aproximam e é por isso que a confiança cresce”, analisa Ruiz de Gamboa.

Divulgação
Divulgação
A partir de junho, também aumentou a porcentagem de pessoas que estão dispostas a fazer compras de maior valor, tais como um carro ou uma casa. A sondagem mostrou que, comparado há seis meses, o consumidor estaria mais confiante para este tipo de aquisição, chegando a 32% do total de entrevistados.
Outro tema importante da pesquisa refere-se ao desemprego. Neste mês de outubro, 53% das pessoas acham que aumentará o número de pessoas sem emprego. O percentual ainda é elevado, mas diminuiu em relação ao que era em abril e maio (82 e 83%, respectivamente).

Divulgação
Divulgação

Artigos Relacionados