Chegada do PIX pode impulsionar ainda mais as moedas digitais

Confira artigo de Cássio Rosas, Head de Marketing e Estratégia da WiBX

Pense rapidamente como você realiza uma compra atualmente: as cédulas até estão na carteira, mas os cartões se tornaram comuns nos hábitos de consumo dos brasileiros. É um avanço e tanto se comparado há duas décadas, mas a tecnologia não para de evoluir e até mesmo esse recurso pode estar com os dias contados. A digitalização dos pagamentos rapidamente está deixando de ser tendência para se tornar realidade próxima dos consumidores e dos lojistas brasileiros, sobretudo com a chegada do PIX. Nesse sentido, as moedas digitais irão ganhar cada vez mais espaço no dia a dia das pessoas.

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A mais recente inovação nessa área é justamente o PIX. Oficializado pelo Banco Central em fevereiro, a expectativa é de que o sistema esteja disponível a partir de novembro de 2020. Basicamente, trata-se de um meio de pagamento digital que facilita a transferência financeira entre pessoas e empresas e até o pagamento de contas e a realização de compras sem a necessidade de conta em banco ou de baixar um aplicativo. Além disso, a meta é poder fazer todos esses serviços de forma instantânea, independentemente do dia ou do horário.

Sem dúvida, a digitalização completa do dinheiro representa grande – e inevitável – avanço nas relações monetárias. Afinal, dessa forma há menor risco de perdas e fraudes, redução significativa de despesas e, principalmente, menos ineficiência em todo o sistema financeiro nacional. A iniciativa é totalmente positiva e democrática, uma vez que traz ao alcance dos usuários, bancarizados ou não, um serviço mais prático e de qualidade na hora de pagar contas e fazer as compras, contribuindo para elevar os padrões de exigência dos clientes em diferentes setores.

Mais do que facilitar as transações financeiras digitais, a entrada do PIX no Brasil pode ser fator importante de popularização das moedas digitais. A expectativa é grande, dado que o sistema do Banco Central faz uma provocação importante: o uso de métodos mais modernos, transparentes e ágeis de transferências de valores já é realidade há muito tempo para quem usa moedas digitais. A proposta, inclusive, é praticamente a mesma, ou seja, permitir que valores possam circular rapidamente pela web de um ponto a outro, com compensação instantânea. Assim, espera-se maior aceleração das moedas digitais justamente por ambos os sistemas se complementarem.

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Evidentemente, a entrada do PIX por si só não vai alavancar a adoção das moedas digitais na economia real, isto é, no dia a dia das pessoas e empresas. Organizações que lidam com moedas digitais precisam oferecer serviços fáceis de serem usados e que promovam vantagens aos usuários. Além disso, o sistema do Banco Central vai estimular maior exigência por eficiência e praticidade – e as moedas digitais precisam estar prontas para essa demanda. A boa notícia é que as empresas desenvolvedoras de soluções desse segmento já estão se preparando para a entrada do novo meio de pagamento, permitindo sua rápida adoção em seus produtos e serviços.

Tanto o PIX quanto as moedas digitais finalmente proporcionam às pessoas uma realidade que já deveria estar acontecendo. É impensável que, em pleno século 21, com todos os avanços tecnológicos, ainda estávamos dependentes do dinheiro de papel ou, quando muito, do cartão de plástico, além de esperar o fim de semana acabar para concretizar uma transferência financeira. Com a entrada do novo sistema e seu trabalho em conjunto com as moedas digitais, o Brasil está caminhando na adoção dessas práticas mais modernas de pagamento, inevitáveis para um mundo globalizado e tão exigente por eficiência como o que vivemos atualmente.

*Cássio Rosas é Head de Marketing e Estratégia da WiBX, utility token que promove um programa de fidelização entre varejistas e consumidores por meio de moedas digitais.

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