Webinar sobre o futuro do setor de saúde marca lançamento da Future Health

Evento contou com a presença de líderes de empresas inovadoras e abordou as tendências na área da saúde; site é voltado exclusivamente à produção de conteúdo sobre inovação e disrupção no setor

Se a pandemia acelerou o processo de digitalização da saúde e medicina, outros aspectos menos visíveis apontam para processos de inovação e disrupção no setor. No segmento de biotecnologia, há uma ferramenta de sequenciamento genético, chamada Sequenciamento de Nova Geração (NGS), a qual permite modificar o DNA de uma pessoa de maneira segura. “Vamos enxergar, em menos de 10 anos, os primeiros tratamentos de doenças raras e de cânceres baseados nessa tecnologia. Há muita coisa acontecendo em ciência, negócios e em computação. É uma boa hora para estar envolvido com negócios de saúde”, afirma David Schlesinger, fundador e CEO da Mendelics, especializada em diagnósticos genéticos para doenças raras e câncer, por meio da NGS.

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C Josias & Ferrer no JRS

“ Estamos vendo cada vez mais sistemas usando inteligência artificial (IA), usando suporte à decisão médica e isso vai aumentar cada vez mais”, afirma Marcos Figueiredo, fundador e CEO do Hi Technologies, que desenvolveu o HiLab, um pequeno aparelho capaz de realizar 15 exames a partir de gotas de sangue, que são analisadas via internet com o uso de IA.

“Vamos ver nos próximos anos uma mistura da computação com a saúde, que vai tornar mais eficiente as relações de saúde. Vai ser super interessante”, acrescentou Figueiredo. Schlesinger também enfatizou a tendência de miniaturização da saúde. “Estamos surfando em uma onda de processadores mais leves, ágeis, baratos, computação barata, pequena, de baixa demanda de energia e de alta disponibilidade. Esse tipo de coisa, como a Hi Technologies faz, é também parte da revolução que vamos ter nos próximos anos. Uma boa parte da saúde diz respeito à detecção de sintomas e de outras coisas e agora vamos poder fazer isso a distância”, disse.

Figueiredo e Schlesinger participaram do webinar, realizado no último dia 22, que marcou o lançamento do portal Future Health. Trata-se de uma iniciativa inédita do Projeto Draft, o melhor site de inovação e empreendedorismo do país, que produzirá conteúdo voltado exclusivamente à saúde. “Vamos cobrir inovação em produto, em negócios, novas tecnologias, medical devices, também disrupção em serviços ao paciente e ainda vamos discutir e apontar as tendências do setor”, afirmou o fundador e CEO do Projeto Draft, Adriano Silva. O Future Health tem a InterPlayers, o hub de negócios da saúde e bem-estar, como Mantenedora Master e já pode ser acessado neste endereço.

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“Sempre procuramos apoiar todo tipo de iniciativa que traga algum tipo de propósito positivo para a área de saúde. Apostamos no crescimento e convidamos mais gente para apoiar e construir uma comunidade de inovação e empreendedorismo focada na área de saúde”, disse Arnaldo Sá Filho, Presidente da InterPlayers.

Arnaldo contou que a Interplayers leva soluções a 98% das cidades brasileiras, com o apoio de todos os parceiros. “Se vocês soubessem cada caso que temos no interior do Brasil, envolvendo proprietários de farmácias. Há muitas histórias inovadoras para contar e, por meio delas, a Future Health pode mostrar o tamanho do empreendedorismo que existe para fazer evoluir a saúde no Brasil”, afirmou. E acrescentou: “Haverá muita história, muita conversa, networking. Isso inspira quem quer mudar, quem quer crescer. Nossos executivos e eu estamos muito empolgados com a ideia do Future Health. Acreditamos que tomamos a decisão certa de sermos mantenedor master desta iniciativa”.

Em relação a tendências, Schlesinger também comentou que não se deve subestimar mudanças. “As tendências que estamos vendo nesses últimos meses é que temos um monte de modelos novos de negócios que dizem respeito a formas de cuidar melhor da saúde do indivíduo e das empresas, além de melhorar a saúde da população como um todo”, disse.

Ele e Figueiredo também indicaram alguns pontos que dificultam a inovação no setor, por exemplo, a questão regulatória, que, pelo compromisso com a qualidade com a saúde não consegue acompanhar a velocidade da inovação; a falta de pessoal qualificado para preencher postos em tecnologia; e a carência de capital investido em saúde. “Isso ainda é um desafio grande”, afirmou Figueiredo.

Esse cenário dificulta a sobrevida das healthtechs. “Nos Estados Unidos, na Coreia do Sul e em Israel, por exemplo, há a opção de focar a empresa para criar tecnologia que não vai ser usada imediatamente pelo paciente, mas ser vendida para uma grande companhia, que vai usá-la. Aqui, elas têm de desenvolver e vender produtos e serviços voltados para as pessoas, ganhar espaço no mercado, se não morrem. E isso é um grande desafio. Há várias e várias barreiras que dificultam”, disse.

“As grandes empresas já perceberam que a melhor maneira de inovar, crescer e pensar em novas maneiras de trabalhar é justamente incorporando, comprando as menores. Isso é fundamental para o ecossistema, mas tínhamos pouco no Brasil. Agora está crescendo, há grandes empresas investindo nesse ecossistema”, reforçou Schlesinger.

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