RS fecha o ano com redução de 38,96% nos roubos e furtos de veículos

Gaúchos ficam na terceira posição entre os Estados brasileiros

A retomada das atividades e o consequente aumento da circulação de pessoas levou a também a uma retomada dos índices de furtos e roubos de veículos. Mesmo assim, 2020 fechou com recuo de 38,96% nas ocorrências na comparação com o ano anterior. Foram 17.772 roubos e furtos em 2020, contra 24.922 de 2019, ficando na terceira posição entre os estados, atrás de São Paulo (99.614) e Rio de Janeiro (38.555). O Estado também encerrou o período com um dos melhores índices de recuperação do país: 75,17%. “Temos um sistema de cercamento eletrônico e monitoramento por câmeras que auxiliam o trabalho da polícia e refletem nestes dados de recuperação. Aliado a isso, a lei dos desmanches e a eficiência da polícia gaúcha, com atuações frequentes também contribui para este recuo importante da criminalidade”, destaca o presidente do Sindicato das Seguradoras do RS, Guilherme Bini.

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Guilherme Bini é diretor da Mapfre no RS / Arquivo JRS
Guilherme Bini é presidente do Sindseg RS / Arquivo JRS

A Capital é um dos lugares que mais se nota a queda da criminalidade envolvendo os veículos. Nos últimos anos, Porto Alegre figurava todos os meses entre as três principais cidades no ranking de roubo e furto de veículos. No entanto, 2020 encerra com a cidade na sétima colocação. Ao longo do ano, foram 5.242 veículos que foram parar nas mãos dos criminosos. Em 2019, Porto Alegre encerrou o ano com 7.515 registros, o que representa um recuo de 31,06%. “Foi um ano desafiador para a modalidade, com todas as restrições impostas pela pandemia. A carteira de automóvel tem uma participação grande no mercado segurador e tivemos que fazer muitas adaptações em 2020. Muitos clientes abriram mão da cobertura do seu bem em função da menor circulação por medidas de saúde”, explica Bini.

Sem aulas e muitas pessoas em trabalho remoto, parte da população passou a usar menos o carro, não sentindo necessidade de manter o seguro. “As seguradoras conseguiram manter os valores e aumentar o parcelamento para que o cliente conseguisse manter seu veículo segurado. A venda de carros novos parada também impactou negativamente no setor. Mas, no segundo semestre, já notamos uma retomada”, avalia. No entanto, Bini destaca que a alta do dólar combinada com ajustes que o mercado precisou fazer para manter o segurado, pressionam as seguradoras. “O dólar alto impacta diretamente na importação de peças. O cálculo do seguro é bastante complexo. Se por um lado, a redução da criminalidade tem um impacto positivo, o dólar pressiona. As seguradoras estão fazendo ajustes e tentando oferecer o melhor preço aos clientes e condições de pagamento para que todos possam manter a proteção dos seus bens e o mercado saudável”, conclui.

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