Pandemia e incertezas freiam retomada econômica

Confira análise de José Pena, economista-chefe da Porto Seguro Investimentos

A contração de 4,1% do PIB em 2020, embora expressiva (a maior desde 1990), foi inferior à esperada nos momentos iniciais da pandemia nos idos de março e abril do ano passado, quando quedas de 6% ou 7% foram consideradas. Apesar desse resultado menos dramático, há pouco a comemorar.

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Essa redução da atividade inferior à esperada em 2020 se deu em grande medida em função do salto do gasto (e do endividamento) público. A consequência é a elevação da incerteza, que se manifesta através de uma taxa de câmbio mais desvalorizada, que por sua vez pressiona a inflação.

Inflação mais elevada requer juros maiores e, por isso, o Copom deve elevar a Selic já na reunião do próximo dia 17 de março. Juros mais altos, porém, não rimam com crescimento econômico forte à frente.

Além dessas questões, o agravamento da pandemia nestes meses iniciais do ano também freia o processo de recuperação econômica iniciado no terceiro trimestre de 2020. Somente a vacinação em massa e a responsabilidade fiscal permitirão a retomada de uma trajetória sustentável de crescimento do emprego e da renda.

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