Pluralidade marca segundo encontro CVG RS Sem Fronteiras – Especial Mulheres

Entidade promove encontros durante todas as quartas de março através do YouTube

Aproximar mulheres plurais foi o convite do segundo encontro do CVG RS Sem Fronteiras – Especial Mulheres. A entidade compartilhou com o público, na noite de ontem, 17, as personalidades e histórias de Regina Lacerda, Nívia Maria e Jane Lucas. Elas conversaram com Andréia Araújo, presidente do CVG RS, durante o segundo de quatro conversas online às quartas de março, às 19h, pelo YouTube da entidade.

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Regina Lacerda, CEO da Rainha Seguros, há 31 anos na área de seguros, abordou como o “O Mercado abre as portas para a feminilidade” e compartilhou também experiências com a criação do Clube das Executivas de Seguros de Brasília (CESB), que fortalece a atuação de mais de 160 mulheres que atuam em seguradoras, corretoras e assessorias da região. A coautora do livro “Mulheres no Seguro” tem ouvido diversos depoimentos de executivas dos principais centros brasileiros. Suas histórias e desafios pessoais e profissionais são motivação para Regina. Para ela, “é preciso inspirar, modelar e abrir mais espaços para as mulheres, respeitando a filha, a mãe e a avó que estão em mim. A mulher, mais especialmente, quer estar em sociedade. O mercado de seguros está nos proporcionando isso, onde já somos 55% da força de trabalho. Agora temos a tarefa de deixar o feminino aflorar para mudar concepções, gerar acolhimentos e criar um mundo mais igual, construído por mulheres de valor. No desafio de enfrentar a pandemia não há mais espaço para competição entre nós. É preciso sororidade, união, saúde, coragem e resiliência para nos ajudarmos mutuamente e nos colocarmos novamente no mundo”, ressalta.

A conversa com a corretora de seguros e promotora de crédito na capital federal, Nívia Maria, trouxe à tona o tema: “Mulheres no Mercado de Trabalho”. De acordo com ela, a própria trajetória, marcada por preconceitos trabalhando em segmentos predominantemente masculinos, fortaleceu sua história de vida. “Três tipos de preconceito marcam muito uma mulher: a desigualdade salarial, o assédio sexual e o descrédito pelo homens. Sofri todos eles, acrescentando a isso o fato de ser nordestina. Ao mesmo tempo, aprendi muito com minha mãe, inclusive sobre força, trabalho e confiança em mim mesma. Estou sempre cheia de projetos e metas a realizar e vejo mais e mais mulheres conquistando cargos de confiança em diferentes segmentos, cada vez mais à frente nos mercados de trabalho. Tenho muito orgulho de ser mulher, de ser empreendedora. Somos batalhadoras, mulheres lindas que se destacam! Sou mãe e avó de menino e penso que uma menina precisa ouvir mais que tem espírito de liderança, e não que é mandona. A pandemia veio reforçar que a mulher é uma camaleoa. Eu acredito que somos parte da transformação. Somos capazes de nos reinventar, darmos mais de nós e ajudar outras mulheres a atravessar o momento difícil que o mundo está passando”, reflete Nívia.

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Para enriquecer e ampliar o bate-papo, Jane Lucas, corretora de seguros na Cajan, escritora e terapeuta de rua, conectou o público com a realidade que vê nas ruas através do “Olhar da invisibilidade ao povo da rua”. A autora de oito livros, sendo três solo, ocupa hoje a cadeira de número 102 da Academia de Literatura Brasileira da seccional Rio Grande do Sul e confessa a preferência pela escrita ácida. “Eu descobri que eu gostava do coletivo e talvez por isso minha paixão pelo Seguro. Porque olha o social, o coletivo. Meu primeiro livro, em 2017, foi ‘O grito do silêncio dos esquecidos’, uma homenagem ao povo que circula na rua. A esses que são invisíveis e aí se encontram conosco, com as mulheres, na invisibilidade da sociedade. Esse é um peso gigantesco. O peso de nos desintegrarmos para não incomodar o outro”, desabafa Jane. Na Ong Guerreiros dos Girassois, ao lado de profissionais e apoiadoras do setor de Seguros, além de escritoras, advogadas e médicas, Jane oferece, mais que doações. “Oferecemos liberdade e emancipação através da arte, da conversa, da terapia e da literatura. Cada pessoa na rua tem dores assim como nosso feminino é tão machucado, né? Temos que ser boas em tudo, todo o tempo. Tivemos uma trajetória de luta fabulosa, mas, somos visíveis? Essa é uma provocação a partir das diferentes violências que seguimos sofrendo diariamente. Essa invisibilidade social e o poder sobre os próprios corpos nos aproxima do povo da rua. E no mundo pós-pandemia, qual o nosso papel como mulher? Eu diria que esse mundo vai ser feminino enquanto estado de ser. A inclusão, a coletividade. Muito menos competição e muito mais colaboração. Todos estamos interligados na grande teia do mundo globalizado. Hoje tudo o que acontece interfere no todo e atinge a todos. Precisamos cada vez mais olhar o todo, inclusive dentro de nós. Também aprendemos com as dores. Mulheres e homens que entendem a dimensão do feminino. Quando cada um faz sua parte o todo se beneficia. Movimento e mudança esse é meu nome. Qual é o seu?”, nos desafia Jane Lucas.

A presidente do CVG RS, Andréia Araújo, afirmou que o encontro foi uma resposta do olhar feminino a um momento delicado da sociedade. “Este foi um encontro cheio de energia, de vida, que combinou diferentes desafios à enorme potência destas mulheres. Ainda estamos fisicamente separados, mas, continuamos criando lugares de troca em diferentes formatos. O Especial Mulheres do CVG RS Sem Fronteiras é esse espaço para trocar experiências, conhecimentos, inspirações, apoio e muito afeto. É um convite a olhar o todo e falarmos com todo mundo destacando a força e a participação das mulheres em diferentes contextos, agendas e perspectivas durante nossas interações no mês de março. O que as mulheres estão fazendo? O que podemos trazer dessas experiências para o Rio Grande do Sul? No CVG RS Sem Fronteiras criamos essa possibilidade de evoluir. Que a gente possa, como mulher, ter a liberdade de se permitir”.

A cada semana, novas conversas vão abrir espaço para diálogos importantes. O CVG RS Sem Fronteiras – Especial Mulheres seguirá dando enfoque a temas e contextos pertinentes a homens e mulheres a partir das trocas, sotaques, experiências, conhecimentos e atuações delas dentro e fora do mercado segurador. Para acompanhar os encontros é só acessar, a cada semana, o canal do CVG RS no YouTube.

Palestrantes:

Regina Lacerda

CEO da Rainha Seguros; Presidente do Clube das Executivas de Seguros de Brasília (CESB); Pós-Graduada em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas; Pós-Graduada em Ciência da Religião e Teóloga pela Faculdade Teológica Batista de Brasília (DF); Formada em Neurolinguística, Hipnose e Coaching pelo Instituto de Neurolinguística (INNER); Pedagogia pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB). Acadêmica Titular da Academia de Letras e Música do Brasil – ALMJB, Cadeira 68. Coautora do Livro Empreendedoras de Alta Performance – Brasília. Coordenadora e Coautora do Livro Mulheres no Seguro

Nívia Maria

Empresária especializada na área de corretagem de seguros e concessão de crédito consignado. Proprietária do Grupo JN (JN Corretora de seguros, JR Teleatendimento e NPC Construtora), é também presidente da Associação Núcleo de Proteção e Crédito aos Servidores Públicos e agente lotérico da Caixa Econômica Federal (Lotérica Patriota LTDA). Especialista em vendas e relações comerciais.

Jane Lucas

Com formação e produção literária, é pós-graduada em Direito de Seguros pela Fundação do Ministério Público; Administradora com habilitação em Gestão Financeira; Contabilista; Corretora de Seguros; Empresária e ex-Professora da Escola de Negócios e Seguros. Também é Criadora da Terapia de Rua, modalidade de aplicação de terapias a céu aberto (em calçadas e ruas) e escritora.

CVG RS Sem Fronteiras

O “CVR RS Sem Fronteiras” surge com o intuito de dialogar com todo o Brasil sobre o setor de seguros. Conversas abertas darão enfoque a diversos temas, personagens e contextos relevantes para o segmento no país. O objetivo é partilhar experiências e ensinamentos entre os mais experientes e as novas vozes no mercado.

O Clube de Seguros de Vida e Benefícios do Rio Grande do Sul (CVG RS) contribui há 30 anos para a preservação, aperfeiçoamento e difusão do mercado de seguros de pessoas e de benefícios no Estado. São eventos e ações formativas, informativas, sociais e culturais que criam oportunidades para atualização e novas conexões profissionais no segmento.

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