Índice de Economia Digital da Adobe: relatório explora mudanças no comércio eletrônico

Estudo aborda como hábitos de compra online e poder de compra mudaram

Por meio do Índice de Economia Digital, a Adobe desenvolveu um medidor único em tempo real da atividade de compra e venda digital, analisando trilhões de transações online em 100 milhões de SKUs (Unidades de Manutenção de Estoque) divididos em 18 categorias de produtos. Os dados colhidos resultaram no lançamento do estudo “2021 Digital Economy Index”, com análises sobre o desempenho do comércio eletrônico nos Estados Unidos em 2020.

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A nova pesquisa revela que a Covid-19 deu ao e-commerce um impulso extra de US$ 183 bilhões, à medida que os consumidores usaram o online para atender às suas necessidades diárias. Isso é quase do tamanho da temporada de compras de fim de ano em 2020, quando US$ 188,2 bilhões foram gastos no ambiente online entre novembro e dezembro.

O aumento aconteceu durante a pandemia, de março de 2020 a fevereiro de 2021, período em que um total de US$ 844 bilhões foram gastos online. De janeiro a dezembro de 2020, US$ 813 bilhões foram gastos online – um incremento de 42% em relação a 2019.

Nas taxas de crescimento atuais, o estudo prevê que 2021 gere algo entre US$ 850 bilhões e US$ 930 bilhões. A pandemia produziu uma rara mudança nos gastos online, o equivalente a um aumento de 20%, e a previsão é de que a expansão futura se baseie nesse ganho. Espera-se também que 2022 seja o primeiro ano de trilhões de dólares para o comércio eletrônico.

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A pesquisa apresenta ainda outros insights baseados em dados do Adobe Analytics:

  • No novo ano: nos primeiros dois meses (janeiro-fevereiro) de 2021, os consumidores gastaram US$ 121 bilhões online – crescimento de 34% na comparação com o ano anterior;
  • Compre agora, pague depois: este método de pagamento está passando por um boom com um crescimento de 215% nos primeiros dois meses de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. Os consumidores que utilizam esse serviço também estão fazendo pedidos 18% maiores. Os varejistas oferecem a opção comprar agora/pagar mais tarde com mais frequência enquanto os consumidores lidam com a incerteza financeira;
  • Crescimento da categoria de produtos: conforme as pessoas ficaram em casa e renovaram seus aposentos, as vendas online de produtos de reforma aumentaram 60% no primeiro bimestre de 2021. O vestuário cresceu 22% no mesmo período, ficando atrás de outras categorias;
  • Novos hábitos de supermercado: o incremento nas compras online de alimentos persiste neste ano. De 1º a 21 de fevereiro de 2021, a categoria expandiu 230% em comparação com 6 a 26 de janeiro de 2020 (pré-pandemia). No mesmo período, os artigos esportivos tiveram um crescimento de 75%;

Os varejistas lutam para atender à demanda: as mensagens de “falta de estoque” atingiram o pico em julho de 2020, quando os compradores vivenciaram três vezes mais falta de estoque em comparação com um período pré-pandemia. Em janeiro de 2021, as mensagens de falta de estoque ainda estavam elevadas em quatro vezes nos níveis pré-pandêmicos. Segundo levantamento da Adobe com mais de 1.000 consumidores dos EUA, os entrevistados citaram que, em janeiro de 2021, mantimentos, suprimentos médicos e produtos para animais de estimação estavam fora do estoque online com mais frequência do que outras categorias de produtos.

O Índice de Economia Digital da Adobe também rastreou o movimento dos preços online como um indicador econômico do poder de compra do consumidor e da inflação digital. Os insights incluem:

  • O poder de compra digital caiu em 2020: os consumidores costumam assistir a um aumento de 4% no poder de compra online ao longo de um ano médio. Isso significa que para cada US$ 1,00 gasto, os compradores recebem US$ 1,04 em mercadorias. Em 2020, diminuiu 1% ao ano, já que um aumento na demanda foi confrontado com oferta limitada, preços mais altos e novos custos de atendimento;
  • Tendências atípicas de preços: a inflação digital foi observada nas principais categorias online pela primeira vez em anos. Os preços dos eletrônicos, por exemplo, caíram apenas 2,2% no comparativo entre janeiro de 2021 e 2020, contra uma redução de 10,4% no mesmo período de 2019. A categoria de computadores diminuiu apenas 6% ano a ano versus uma queda de 13,5% entre 2019 e 2020. Já os preços de mercado subiram 4,2% em 2021 – no ano passado a diminuição foi de 6%. No quesito casa e jardim, o aumento foi de 3,9% contra uma queda de 9,3% no comparativo entre 2020 e 2019.

Metodologia

O Índice de Economia Digital da Adobe oferece o conjunto mais abrangente de insights desse tipo com base na observação do Adobe Analytics, que cobre mais de um trilhão de visitas a sites de varejo dos EUA e mais de 100 milhões de SKUs – mais do que qualquer outra empresa de tecnologia.

A análise é significativamente mais detalhada e precisa na comparação com os relatórios baseados em pesquisas, porque apenas a Adobe tem acesso a esse volume de dados transacionais do consumidor em tempo real. Ele é agregado e anônimo para fornecer informações sobre os gastos do consumidor, preços online e 18 categorias de produtos.

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