Setor de seguros reage no primeiro bimestre do ano, diz CNseg

Arrecadação do ramo Auto cresce 7,4% em fevereiro contra o mesmo mês no ano passado

O setor segurador continua a gerar receitas de prêmios voláteis no ano, em virtude dos impactos heterogêneos da pandemia entre ramos e modalidades de seguros. Resultado: no primeiro bimestre de 2021, o setor apresentou crescimento de 4,5% contra o mesmo período de 2020, quando ainda não havia pandemia, decretada em março. “A liderança cabe a Danos e Responsabilidade, com avanço de 12,6%. O segmento de Pessoas sobe pouco, 1,5%, influenciado por virtual estabilidade de planos de acumulação”, assinala o Presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Marcio Coriolano, em editorial da publicação Conjuntura CNseg nº 41.

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Chama a atenção a forte aceleração apresentada por algumas modalidades no acumulado do ano. Quase todos os ramos de seguros observaram avanços, alguns verdadeiramente superlativos. Pelo menos, oito ramos contribuíram para o resultado positivo no ano, que são: Responsabilidade Civil (42,7%); Rural (32,2%); Crédito e Garantias (27,2%); Patrimonial (26,4%); Transportes (20,9%); Habitacional (10,9%); Marítimo e Aeronáuticos (9,9%) e Planos de Vida – Risco (6,3%).

Alguns ramos vêm tendo desempenho tão consistente, principalmente a partir do segundo semestre de 2020, que, mesmo tendo queda em fevereiro sobre janeiro, puxaram a alta do ano. Entre eles, aparecem Marítimos e Aeronáuticos (-35,6%); Responsabilidade Civil (-28,1%); Transportes (-24%); Garantia Estendida (-17,7%); Patrimonial (-6,2%); Automóveis (-5,7%) e Rural (-2,7%). Os Títulos de Capitalização recuaram 3,5%. Os únicos que cresceram foram Crédito e Garantias, com 17,5%, e Planos Tradicionais de Vida, com 3,4%. Os prêmios de fevereiro, de R$ 22 bilhões, registraram queda de 9,9% sobre janeiro, de R$ 24,2 bi.

Outra realidade de mercado é apresentada na comparação mês contra mesmo mês do ano anterior, métrica ainda mais importante de aferição do desempenho. A receita de fevereiro último foi 5,5% superior ao mesmo mês de 2020, mês que antecedeu a decretação da pandemia e de bom desempenho. Nesse caso, o desempenho positivo foi, novamente, influenciado pelo segmento de Danos e Responsabilidades, com alta de 14,9%, enquanto o segmento de Cobertura de Pessoas avançou 1,5% e os Títulos de Capitalização tiveram receitas aumentadas em 6,6%.

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A Conjuntura CNseg nº 41 ressalta ainda que o desempenho favorável guarda forte relação com o comportamento dos ramos de maior densidade de market share, como Automóveis, cuja receita somou R$ 2,68 bilhões no mês e alta de 7,4% sobre o segundo mês de 2020; Planos de Vida Risco (R$ 3,74 bilhões e crescimento de 7,3%); Patrimonial (R$ 1,35 bilhão no mês e taxa extraordinária de 38,1%); Rural (R$ 429 milhões e crescimento elevado de 43,9%); Habitacional (R$ 399 milhões e taxa de 10,7%); Transportes (R$ 275 milhões e taxa de 25,6%). “Todos esses – fora Automóveis – são ramos que tiveram desempenho consistente no ano de 2020 e em janeiro deste ano, revelando as preferências prioritárias dos consumidores: proteção da vida, proteção e investimento nas residências, mobilidade das cargas transportadas”, concluiu Marcio Coriolano.

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