Diagnóstico correto favorece resultado das cirurgias de câncer de pele

São 200 mil novos casos por ano, de acordo com o INCA

“Tumor de pele não é algo banal”. O alerta é do cirurgião de pele do Grupo Oncoclínicas em Porto Alegre (RS), Dr. Ronaldo Oliveira, ao afirmar que o diagnóstico adequado é imprescindível para que o tratamento tenha êxito. Por isso, segundo o especialista, deve-se levar em consideração diversos aspectos da saúde do paciente e não apenas o lado estético. A Sociedade Brasileira de Dermatologia relata que o câncer da pele já responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil e o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 200 mil novos casos.

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O cirurgião ressalta que o diagnóstico correto terá papel importante quando o paciente precisar ser submetido a uma cirurgia. “É preciso estar alerta sobre como abordar os diferentes tipos de tumor de acordo com a suas particularidades e localização”, destaca.

Dr. Ronaldo Oliveira exemplifica que no caso de tumores da face, a preocupação do paciente deve ser mais com o tratamento adequado do que com a estética, pois é uma região na qual a presença de nervos, músculos e ossos, estão muito próximos da pele, propiciando facilidade do tumor de invadir tais tecidos.

O câncer de pele do tipo não melanoma é a variação mais comum da doença. Embora com baixa letalidade, apresenta alta incidência. Sua origem está no crescimento descontrolado das células que compõem a pele. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis pela maioria dos novos casos da doença. O melanoma é um dos tipos mais agressivos e letais de câncer da pele, podendo causar metástases, ou seja, atingir outros órgãos. Anualmente, são registrados cerca de 8,4 mil casos de melanoma no Brasil.

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Ele informa que as técnicas cirúrgicas variam desde métodos convencionais mais simples, até procedimentos mais elaborados, como no caso das cirurgias micrográficas com avaliação anatomopatológica total das margens cirúrgicas. A definição do procedimento dependerá do tipo do tumor, tamanho e localização. A maioria dos procedimentos pode ser realizada em consultórios médicos ou clínicas especializadas, sem necessidade de internação. Já para tumores com alto risco de disseminação, a cirurgia pode ocorrer seguida de tratamentos como radioterapia, quimioterapia, imunoterapia, entre outros.

Fica a dica: quanto mais precoce for o diagnóstico e mais especializada a equipe médica responsável pelos tratamentos, maiores são as chances de cura.

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