Mercado abre com cautela antes do Copom

CPI da Covid-19 e texto da reforma tributária também são destaques em análise da Nova Futura Investimentos

As bolsas europeias fecharam majoritariamente em alta, com foco no retorno dos voos para a União Europeia, desde que sejam oriundos de países com a situação da Covid-19 controlada. Embora o BCE tenha sinalizado retirada dos estímulos, o fim da compra de ativos por parte da autoridade monetária ocorrerá de forma gradual. Os PMIs da indústria também contribuíram para a elevação, mesmo que menores em relação à primeira observação do indicador. Londres não operou por conta do feriado. Frankfurt subiu 0,66%. Paris ganhou 0,61%. Milão teve alta de 1,15%. Lisboa e Madri ganharam 1,59% e 0,89%, respectivamente.

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Em Wall Street, os mercados fecharam sem direção única, com realização para os setores de tecnologia, enquanto companhias do setor de energia e relacionadas à reabertura e avanço da economia fecharam em alta. Os agentes ficaram atentos aos dados de conjuntura e ao discurso público de Powell, que considera melhora da economia do país, mas também que a situação da Covid-19 ainda não está contida. O Dow Jones teve alta de 0,70%. O S&P 500 ganhou 0,27% e o Nasdaq perdeu 0,48%.

No Brasil, o Ibovespa teve alta de 0,27%, a 119.209,48 pontos. O dia foi marcado por forte volatilidade, com fatores que geraram cautela aos investidores, como a investigação da CPI da Covid-19, e fatores positivos, como os balanços de bancos e a reabertura mais ampla da economia do país, contribuindo para alta do setor financeiro e companhias alinhadas com a reabertura.

Na Ásia, ainda com os feriados nacionais na China e Japão, o volume do mercado foi menor no continente, mas as bolsas que operaram fecharam majoritariamente em alta, com a expectativa de melhora da pandemia no ocidente e nas principais bolsas. Hong Kong ganhou 0,70%. Taiwan caiu 1,68% e Seul teve ganho de 0,64%.

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Para hoje (04 de maio de 2021)

Os mercados globais operam majoritariamente em queda. Na Europa os mercados caem influenciados pelas companhias de tecnologia e automotivas e os futuros em Nova York também evidenciam cautela para hoje.

Os futuros no Brasil também abrem com cautela, seguindo o exterior, e com os investidores locais aguardando a decisão do Copom. A maior parte do mercado aguarda elevação de 0,75 pp. As investigações da CPI da Covid-19, com as disposições de Mandetta e Teich, também são ponto de atenção.

O índice de preços ao produtor teve alta de 4,78% em março, ante alta de 5,22% em fevereiro, acumulando 14,09% no ano. Dentre os destaques de alta nos preços, estão indústria extrativa, refino de petróleo e produtos de álcool, outros produtos químicos e metalurgia, de acordo com o que ocorrera no mês em relação aos preços globais de commodities.

O Tesouro ofertará NTN-Bs para 2026, 2030 e 2055. O Bacen realizou a oferta de até 15 mil contratos de swap, a partir das 11h30min.

O mercado também ficará atento à apresentação do texto da reforma tributária, às 15h, e aos anúncios relacionados à vacinação e ao avanço da Covid-19.

Na agenda de balanços teremos: Bradesco, Minerva, Assai, Iguatemi, Copasa (pós-mercado) e XP divulga balanço em NY (pós-mercado).

Internacional

No Reino Unido, o PMI industrial teve alta acima do esperado e atingiu 60,9 pontos, ante expectativa de 60,7. O crédito ao consumidor teve redução de £ 0,535 bilhões, mas os empréstimos líquidos para pessoas subiram de £ 5,3 bilhões para £ 11,3 bilhões. Os empréstimos hipotecários também ganharam força, chegando a £ 11,83 bilhões.

Nos Estados Unidos se destacam a balança comercial com perspectiva à ampliação do déficit em março, saindo de -US$ 71,01 bilhões para -US$ 74,50 bilhões. As encomendas à indústria têm perspectiva de queda de 1,3%, saindo da retração de 0,8% em fevereiro.

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