Presidente da CNseg defende medidas para enfrentar desafios da Saúde Suplementar

Setor cresceu muito acima do PIB nos últimos 12 anos

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Durante o Fórum da Saúde e Previdência, realizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio de Janeiro (ABRH-RJ), o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Marcio Coriolano, disse nos últimos 12 anos a saúde suplementar cresceu muito acima do Produto Interno Bruto (PIB), em um movimento contracíclico, em reação às dificuldades de acesso à saúde pública.

Neste período, disse Coriolano, também houve um aumento dos custos do financiamento da saúde gerado, entre outros fatores, pelo “formidável desenvolvimento da tecnologia em saúde” e pela reorganização da cadeia de assistência, que mudou o foco da atenção primária à saúde para a secundária (diagnósticos) e terciária (internações). Isso, segundo o presidente da Confederação, gerou uma disputa por quem suporta os custos, entre o segmento que financia (as operadoras de planos de saúde) e os prestadores de serviços (médicos, laboratórios, hospitais).

Mais recentemente, lembrou Marcio Coriolano, o aumento dos sentimentos de finitude e de aversão a riscos gerados pela pandemia fizeram com que a população adotasse um padrão mais elevado de preocupação com a saúde e as empresas redobrassem a preocupação com a saúde de seus funcionários.

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Diante da persistência desse modelo do cuidado com a saúde e a dificuldade de seu financiamento, o especialista propôs a busca de soluções que “integrem toda a cadeia produtiva da saúde”, principalmente os contratantes de planos coletivos (quem paga a conta), através de suas áreas de RH, destacando algumas medidas necessárias, como a maior racionalidade na incorporação tecnológica na saúde; uma maior atenção à saúde básica e à promoção da saúde; a revisão do modelo de remuneração de prestadores, valorizando o desfecho do tratamento; e a revisão do marco legal do setor. Coriolano também lembrou que a catástrofe da pandemia é uma entre outras que precisam ser enfrentadas pelos gestores de RH das empresas, ao citar como exemplo os problemas sanitários do Brasil e os fatores ASG (Ambientais, Sociais e de Governança).

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