Presidente do CVG-SP analisa o papel do seguro de vida em um mundo de incertezas

Convidado pela Fecap, Marcos Kobayashi falou sobre como a pandemia aumentou a percepção da população em relação a importância da proteção do seguro

Publicidade

O Clube Vida em Grupo do Estado de São Paulo (CVG-SP) marcou presença em mais um webinar do programa Conexões Empresariais, promovido por sua parceira a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), no dia 10 de junho. Transmitido ao vivo pela internet, o evento contou com palestra do presidente do CVG-SP, Marcos Kobayashi, sobre o tema “A cultura do seguro em um mundo de incertezas”, e com a mediação do professor e consultor de seguros e previdência Olívio Luccas.

Luccas fez questão de cumprimentar a Fecap pelos seus 119 anos, completados no dia 2 de junho. “Tenho a honra de fazer parte do quadro de professores dessa instituição séria e moderna há 35 anos”, disse. O professor também parabenizou o CVG-SP, que celebrou 40 anos em maio. “O mercado tem se desenvolvido e o CVG-SP se faz cada vez mais presente com a disseminação de conhecimento sobre o seguro de pessoas”, afirmou.

Momento incerto

Para Kobayashi, a pandemia, o isolamento social e a escalada no número de óbitos e de internações hospitalares contribuem para tornar o momento atual bastante incerto. Apesar do aumento da vacinação no país, o presidente do Clube pondera que ainda é difícil fazer previsões para a volta ao normal. Mas, como se prevenir ou se proteger contra tamanhas incertezas?

Publicidade

A questão, segundo o representante do CVG-SP, é que a maioria das pessoas apenas se dá conta de que precisa de soluções para os seus riscos após a ocorrência de uma perda patrimonial ou de uma doença. “A pandemia provocou situações críticas, como as mortes que hoje somam 479.791 casos no país, e trouxe um olhar mais atento do ponto de vista da prevenção e também a reflexão sobre o seguro de vida”, analisou.

Kobayashi observou que no ano passado os seguros de vida e saúde atingiram 20% de share entre todos os ramos, sem considerar os resultados do VGBL. Neste ano, segundo apurou, o seguro de vida é a primeira carteira em arrecadação no mercado. Vida e saúde atingiram R$ 100 bilhões em faturamento.

No entanto, embora o seguro de vida apresente os melhores resultados na atualidade, seu bom desempenho ficou marcado em 2016, quando ultrapassou pela primeira vez o seguro automóvel em faturamento, e, em 2019, onde também superou o seguro saúde.

Solidez do mercado

Kobayashi lembrou que apenas 20% da população possuem seguro de vida. Se a penetração do seguro fosse maior, além do amparo financeiro para inúmeras famílias, até a economia brasileira seria beneficiada. Numa conta rápida, o executivo calculou que se cada vítima fatal da covid-19 tivesse um seguro de vida de no mínimo R$ 100 mil, diante dos atuais 480 mil óbitos, então seriam injetados R$ 48 bilhões na economia, como resultado das indenizações pagas.

Segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), apresentados pelo presidente do CVG-SP, a sinistralidade do ramo vida cresceu 67% de janeiro a abril, em comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto a arrecadação aumentou apenas 7,7%. Kobayashi destacou que a alta sinistralidade é resultado em parte da decisão da maior parte das seguradoras de indenizar os sinistros de covid-19, apesar de a pandemia ser um risco excluído das apólices. “Vejam a importância da solidez do mercado de seguros”, observou.

Kobayashi fez questão de ressaltar o custo-benefício do seguro de vida. “Muitos pensam que o seguro de vida é caro, porque comparam com o seguro de automóvel. Mas, não é. Para uma cobertura de R$ 100 mil para uma pessoa de 30 anos, por exemplo, o preço varia entre R$ 10 e R$ 15 por mês”, explanou ao ponderar que esse valor aumenta pouco para faixas etárias mais altas. “O seguro não repara a perda do ente querido, mas traz tranquilidade à família e a manutenção dos sonhos, como a educação dos filhos, a casa própria e outros”, completou.

Especialmente para o público que assistiu ao evento, a maioria jovens alunos da Fecap, Kobayashi listou as coberturas oferecidas pelo seguro de vida, além das tradicionais morte, invalidez e acidentes pessoais. O executivo destacou as coberturas para incapacidade temporária por internação, doenças graves e também os novos serviços incorporados ao seguro, como a telemedicina, segunda opinião médica, nutricionista, fisioterapia, assistência pet e outras.

O mediador Olívio Luccas apresentou alguns questionamentos para Kobayashi, um deles sobre a possibilidade de queda na contratação do seguro de vida após o fim da pandemia. “A pandemia acelerou a curiosidade, a pesquisa e a contratação do seguro, mas quando acabar é natural que haja estabilidade na carteira. Acredito que o seguro de vida individual continuará em crescimento, até porque tem se modernizado com a oferta de novos serviços”, projetou.

No final do webinar, Kobayashi cumprimentou a Fecap pelo aniversário de 119 anos e agradeceu a parceria com o CVG-SP, que também celebrou 40 anos no mês passado. “Meus antecessores, como Silas Kasahaya, Dilmo Bantim Moreira, Paulo Meinberg, Ronaldo Megda e o saudoso Osmar Bertacini dedicaram parte de suas carreiras para conscientizar e aculturar sobre o seguro de vida. Meu desafio é continuar esse trabalho, que não pode parar”, finalizou.

Artigos Relacionados