Presidentes do Sincor-SP e da Porto Seguro debatem mudanças no mercado

Propostas da Susep foram comentadas por Alexandre Camillo e Roberto Santos, que destacaram a importância da participação ativa do setor

Para discutir o tema “Corretores de seguros, vocês sabem, na prática, o impacto de todas as mudanças na nossa atividade? O que estamos fazendo para garantir nosso futuro?”, o presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, recebeu o presidente da Porto Seguro e vice-presidente da CNseg, Roberto Santos, na 28ª edição do Direto & Reto com Camillo, que aconteceu nesta quarta-feira (30) pelo canal da TV Sincor-SP no YouTube. A transmissão foi realizada na sede do Sincor-SP, que passou por recente reforma.

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Camillo lembrou que neste mesmo dia, em 1980, ingressava no mercado de seguros, ao começar a trabalhar em uma seguradora. “Há 40 anos, dava início à minha carreira no setor, que me propiciou tudo, mas, o mais importante foram os amigos. Por isso, agradeço a vocês pela companhia nessa caminhada.”

O presidente do Sincor-SP comentou sobre o texto da Medida Provisória nº 1040/2021, que pretendia regularizar as associações de proteção veicular, mas foi barrado pelo deputado federal Marco Bertaiolli (PSD-SP). “Graças às nossas movimentações, conseguimos impedir mais um absurdo contra o setor de seguros”, explicou Camillo.

Para Roberto Santos, a Medida é ótima para as empresas, pois destrava os processos. “Mas, na calada da noite, entra um artigo que regulamenta a proteção veicular? Quer disputar mercado? Tudo bem, mas tem que estar dentro dos padrões, ter reserva técnica, estar em dia com os impostos. O destaque fica para a movimentação das lideranças no setor, que conseguiram barrar.”

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Perguntado sobre o Open Insurance, projeto da Susep para que as seguradoras compartilhem entre si as informações dos segurados, o presidente da Porto Seguro acredita ser a maior ameaça já enfrentada pelo setor. “Não temos nada contra inovação, mas é uma cópia do Open Banking. A diferença é que a relação é banco e consumidor. No caso do Open Insurance, a relação é seguradora com seguradora, mais o consumidor. Para os bancos, faz todo sentido, mas para o mercado de seguros não, pois já temos a figura do corretor. Outra questão é: vai diminuir o valor final para o consumidor? Não vai”, defende.

Outro ponto levantado por Santos é a criação da figura sociedade iniciadora de seguro, incluída no projeto do Open Insurance. “Qual seria a função dessa sociedade? Quem faz essa ponte é o corretor de seguros, que é o profissional de confiança e qualificado para a função. Com essas mudanças, o regulador tem uma boa intenção, que é aumentar a penetração do seguro no País. Entretanto, é preciso primeiro ouvir o setor.”

Camillo comentou que as mudanças e atualizações no setor são necessárias. “Somos totalmente favoráveis à inovação, inclusive, incentivamos os corretores a passar por transformações. Temos muito mais convergências do que divergências. No entanto, estamos atentos às possíveis ameaças à nossa profissão e ao mercado de seguros, sempre a pensar no que é melhor para os consumidores”, destacou.

Durante a transmissão, o presidente do Sincor-SP revelou a premiação do corretor de seguros associado Eduardo Tabelini Junior, da Regional Guarulhos, que ganhou um smartphone, oferecido pela parceira Qualicorp. Mensalmente, o Direto & Reto irá premiar os associados que baixarem e fizerem login no APP Sincor Digital.

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