Tábuas Biométricas do mercado brasileiro de seguros são atualizadas

Nova versão serve como referência para comercialização de produtos no setor segurador

Na última quinta-feira (01), passou a vigorar a nova versão das Tábuas Biométricas – Experiência do Mercado Segurador Brasileiro (BR-EMS). Trata-se de um conjunto de tabelas construídas com estatísticas baseadas na experiência do mercado segurador brasileiro e utilizadas pelas empresas do setor para a realização dos cálculos atuariais relacionados às rendas, precificação dos produtos, dentre outros.

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Os dados são voltados à comercialização de seguros de pessoas e planos abertos de caráter previdenciário, e refletem a mortalidade e a sobrevivência da população protegida. As tábuas foram protocoladas pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) na Superintendência de Seguros Privados (Susep) e serão divulgadas no site da autarquia.

A versão 2021 das Tábuas foi apresentada inicialmente pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ao Instituto Brasileiro de Atuária (IBA) em reunião realizada no dia 15 de junho, que contou com a participação da FenaPrevi. Com base na apresentação realizada pelo Laboratório de Matemática Aplicada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Labma/UFRJ), o IBA referendou a nova versão das Tábuas Biométricas BR-EMS.

“O trabalho de construção das Tábuas BR-EMS foi um marco para o setor já em 2010, quando houve o lançamento do modelo brasileiro. A entrada em vigor da versão 2021 reforça a importância delas para os cálculos atuariais efetuados pelo mercado segurador”, diz Carlos de Paula, diretor executivo da FenaPrevi.

Reconhecimento internacional

A versão BR-EMS 2021 também será divulgada no site do IBA e, posteriormente, será publicada no portal da Society of Actuaries (SOA), dos Estados Unidos da América.

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“Para nós, não tem preço uma tábua brasileira ser referenciada por uma entidade atuarial internacional estruturada como a SOA, com anos de experiência”, comemora a presidente do IBA, Leticia Doherty.

Iniciativa 100% brasileira

As seguradoras adotam desde 2010 as Tábuas Biométricas denominadas Experiência do Mercado Segurador Brasileiro, que são atualizadas a cada cinco anos. Elas são apresentadas nas versões das coberturas de morte e sobrevivência, e dos gêneros masculino e feminino.

A BR-EMS 2010 trouxe as primeiras Tábuas resultantes de estudos para a composição de um modelo essencialmente brasileiro, que iniciaram em meados de 2006, quando a FenaPrevi contratou o Laboratório de Matemática da UFRJ para desenvolver o trabalho.

Até então as informações que subsidiavam os cálculos atuariais para a comercialização dos produtos do mercado de seguros e previdência privada aberta se baseavam em modelagem americana.

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