Contratação de planos de saúde continuam em alta no mês de junho

Dados são da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)

A Agência Nacional de Saúde Suplementar divulgou nesta quarta-feira (21) novos números sobre os planos de assistência médica, assim como dados sobre o impacto da pandemia de Covid-19 no setor de planos de saúde. As informações indicam que a utilização dos serviços de saúde no primeiro semestre de 2021, em geral, permanecem abaixo do que era observado antes da pandemia de coronavírus. Também caiu o número de reclamações sobre atendimentos relacionados à Covid-19 nos canais da ANS.

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De acordo com a Agência, o número de beneficiários dos planos de saúde manteve a tendência de ampliação e cresceu 0,27%, com 48.238.177 usuários. O destaque vai para as contratações realizadas na faixa acima de 59 anos em todos os tipos de modalidades nos últimos 12 meses.

Informações assistenciais

Em junho, a taxa mensal geral de ocupação de leitos – que engloba leitos comuns e UTI – manteve-se abaixo do observado em maio e passou de 74% para 73%, abaixo dos 75% observados em junho de 2019 (período pré-pandemia). A taxa de ocupação de leitos para Covid-19 sofreu redução em comparação a maio (caiu de 73% para 68%), enquanto a taxa de leitos para outros procedimentos manteve-se estável, de 74% para 75%. A queda de internações por Covid-19 foi observada tanto para leitos comuns como para UTI e parece refletir o avanço da vacinação contra a Covid-19 no País. De acordo com o Ministério da Saúde eram 117.005.229 milhões de doses aplicadas (somadas a 1ª e 2ª doses), no último dia 14 de julho.

A quantidade de consultas em pronto-socorro que não geraram internações também não sofreu variação em relação ao mês anterior e continua abaixo do observado antes do início da pandemia. Quanto à procura por exames e terapias eletivas (Serviços de Apoio Diagnóstico Terapêutico – SADT), as autorizações emitidas em junho de 2021 ficaram acima do verificado em junho de 2019.

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De modo geral, a ANS indica que no primeiro semestre de 2021 não houve aumento de utilização de serviços de saúde no comparativo com 2019 (pré-pandemia). Os números seguem em patamar próximo (no caso de exames e terapias eletivas) ou em patamar inferior (no caso de internações e atendimentos em pronto-socorro).

Exames relacionados à Covid-19

Em relação aos exames para detecção da Covid-19, após redução nos meses de janeiro e fevereiro, o número de exames de RT-PCR realizados em março de 2021 foi o maior desde o início da pandemia, um total de 843.595. Em abril, o número caiu para 330.629. Também diminuiu o número de testes do tipo sorológico: foram 146.489 em março e 65.283 em abril de 2021.

Cabe ressaltar que números relativos à competências passadas podem sofrer alterações. Isto porque exames ocorridos em determinado mês podem ser cobrados das operadoras nos meses subsequentes quando, somente então, serão enviados à ANS, conforme estabelecido no Padrão TISS.

Informações econômico-financeiras

Em relação aos indicadores econômico-financeiros, houve estabilidade no indicador de sinistralidade de caixa quando observados os meses de maio e junho de 2021, quando o índice ficou em 79%. Houve redução significativa do índice de sinistralidade de caixa no segundo e terceiro trimestres de 2020 em relação ao período pré-pandemia e a taxa do ano ficou em 73% – oito pontos percentuais a menos que em 2019, quando a taxa ficou em 81%.

Em 2021, os dados também mostram aumento do índice de sinistralidade entre o primeiro e o segundo trimestres, evolução que reflete tendência de sazonalidade de mesmo período de 2019. No entanto, os dados do primeiro e do segundo trimestres de 2021 indicam que o indicador permanece em patamar inferior ao observado pré-pandemia (2019). De acordo com a ANS não existem evidências de que a tendência de queda deva se alterar. Caiu também a taxa de inadimplência, mas os percentuais permanecem próximos dos patamares históricos.

Demandas dos consumidores

Em junho, houve queda no número de reclamações relacionadas à Covid-19 registradas nos canais de atendimento da ANS. Foram 1.113 reclamações no mês e 1.280 reclamações em maio deste ano. Do total, 44% das queixas foram sobre exames ou tratamentos; 40% foram sobre outras assistências afetadas pela pandemia e 16% sobre temas não assistenciais (contratos e regulamentos, por exemplo).

Com relação a temas gerais e relacionados à Covid-19, foram registradas nos canais de atendimento da ANS 16.306 reclamações, passíveis de mediação pelo instrumento da Notificação de Intermediação Preliminar (NIP). O número é 3,9% maior que o registrado em maio deste ano e 45,3% maior que o total de atendimentos feitos em junho de 2020.

Importante destacar que a intermediação de conflitos feita pela ANS entre consumidores e operadoras tem resolvido mais de 90% das reclamações registradas nos canais de atendimento da Agência, tanto sobre temas gerais quanto as específicas sobre problemas relacionados à Covid-19. Também é preciso esclarecer que os números de reclamações NIP consideram os relatos de consumidores que cadastram suas queixas na ANS, sem análise de mérito sobre eventual infração da operadora ou da administradora de benefícios à Lei 9.656/98 e seus normativos ou aos termos contratuais.

Confira todos os dados em relação ao coronavírus no site da ANS.

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