5 impactos da pandemia na saúde bucal

Número de consultas odontológicas caiu de forma significativa; Quedas que chegam a 30% no sistema privado

Com a pandemia, o número de consultas odontológicas caiu de forma significativa no Brasil. Em 2020, ​ano marcado pela pandemia, a operadora Amil Dental registrou uma queda de 30% na procura por consultas odontológicas, em comparação com o ano anterior. No entanto, em 2021, a retomada da busca por procedimentos é evidente: de janeiro a junho de 2021, a Amil Dental registrou um aumento de 33% no número de consultas odontológicas em comparação com 2020, cerca de 665 mil atendimentos. Na análise feita pela operadora, notou-se um agravamento dos problemas da saúde bucal relacionado ao adiamento dos procedimentos, com prevalência de situações que podem estar relacionadas ao estresse, como bruxismo, desgaste nos dentes, dor de cabeça, dor de ouvido e dor na coluna associados a problemas bucais. Conheça abaixo 5 impactos da pandemia na Saúde Bucal dos brasileiros.

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  1. Agravamento dos problemas bucais
    Muitas pessoas optaram por adiar as consultas com dentistas por conta da pandemia. Com isso, notou-se um agravamento dos problemas da saúde bucal, que poderiam se resolver mais facilmente se tratados no início dos sintomas. Em 2020, ​ano marcado pela pandemia, a operadora Amil Dental registrou uma queda de 30% na procura por consultas odontológicas, em comparação com o ano anterior.
  2. Bruxismo
    De acordo com um estudo realizado pelos programas de pós-graduação em Odontologia e Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), a prevalência do ranger de dentes do sono mais do que triplicou durante a pandemia, passando de 8% para 28%. Já a ocorrência do bruxismo em vigília, ou seja, que ocorre quando estamos acordados, dobrou, saltando de 6% para 12%. A pesquisa avaliou 50 alunos da universidade.
  3. Dores relacionadas aos desgastes nos dentes
    A ansiedade e o estresse decorrentes da pandemia também podem acarretar o desgaste e a quebra de dentes, motivados pela tensão no maxilar. Em casos extremos pode haver até mesmo perda dos dentes, caso não haja tratamento. Dor de cabeça, dor de ouvido e dor na coluna também podem estar associados a problemas bucais.
  4. Adoecimento mental
    A piora no cuidado bucal também pode estar associada ao adoecimento mental, pois a pessoa nessa condição pode não manter uma saúde bucal adequada. Estatísticas também apontam para um agravamento de transtornos mentais no período da pandemia. De 2020 até maio deste ano, o canal de atendimento remoto do plano de saúde Amil registou mais de 6.500 urgências em saúde mental. O maior pico de atendimentos foi em maio de 2021, com cinco vezes mais consultas que em janeiro deste ano.
  5. Problemas bucais associados à intubação
    Pacientes entubados precisam de cuidados bucais especiais. O estado debilitado e a má higienização bucal podem favorecer condições orais como a doença periodontal, a halitose e a candidíase. Há indícios que as infecções orais também possam favorecer complicações sistêmicas como a pneumonia. A bacteremia de etiologia oral também é comum em pacientes de UTI e importante causa de mortalidade. Estima-se que, desde o início da pandemia até o primeiro semestre de 2021, cerca de 182 mil pacientes com Covid-19 tenham sido internados em Unidade de Terapia Intensiva no Brasil, apontam dados da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AM​IB).

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