Busca por tratamento de obesidade aumenta na pandemia da Covid-19

Especialista alerta para importância da adoção de medidas simples de prevenção e autocontrole no período

Considerada como uma das principais doenças crônicas pertencentes ao grupo de risco da Covid-19, a obesidade tem preocupado ainda mais a comunidade médica em todo o mundo. No Programa de Medicina Preventiva (Special Life) do Grupo Assim Saúde, o número de integrantes no Programa de Emagrecimento Saudável aumentou em 30%, quando comparado ao mês que antecedeu o início da pandemia. A situação alerta os especialistas da operadora para a seriedade do tema, principalmente, por se tratar de uma condição tão grave e que pode ser controlada ou, até mesmo, prevenida, a partir de simples medidas comportamentais e de autocuidado.

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“A obesidade, por si só, já representa um grande fator de risco para a saúde das pessoas, pois gera uma série de complicações para o organismo, além de aumentar o potencial de diversas doenças, como a diabetes mellitus, a hipertensão arterial e alguns tipos de câncer. Com o cenário da pandemia da Covid-19, as estatísticas de obesidade cresceram ainda mais, principalmente, em decorrência do elevado quadro de estresse, ansiedade, sedentarismo, piora na qualidade nutricional e descontrole em relação à ingestão de alimentos pouco nutritivos e muito calóricos”, explica a clínica médica Mônica Sequeira, do Programa de Emagrecimento Saudável da operadora.

A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que a obesidade atinja, atualmente, 18,9% da população brasileira. E caso esse cenário não seja revertido, a expectativa para 2025 é que 20% dos brasileiros se tornem obesos. Segundo a médica do programa, é fundamental orientar a população no sentido de adotar um estilo de vida mais saudável e ter uma vida ativa, de forma a romper com o círculo vicioso que envolve a compulsão alimentar e o sedentarismo, e que podem, inclusive, ocasionar sérios transtornos emocionais nas pessoas.

“É preciso ter muito cuidado com as fórmulas milagrosas e os medicamentos que prometem a perda de peso rapidamente. Ao contrário disso, o combate à obesidade exige comprometimento, foco e muita determinação. Atendemos todos os dias no ambulatório, pacientes obesos que chegam com o desejo de realizar a cirurgia bariátrica, e após concordarem em participar do programa, desistem voluntariamente da intervenção cirúrgica. Dessa forma, passam por um processo de reeducação alimentar e estímulo à atividade física, o que exige uma grande mudança no estilo de vida”, explica Mônica.

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Medidas de controle e prevenção

Como medidas de controle e prevenção da obesidade, a médica recomenda a adoção de cuidados com a alimentação, se possível, com supervisão profissional, e buscar por atividades físicas que proporcionem momentos de prazer, iniciando por exercícios leves, até que o corpo adquira condicionamento físico para intensificar os treinos.

“Com o prolongamento da pandemia, as pessoas precisam encontrar formas para manter o corpo em movimento. E isso é bastante viável com simples ajustes na rotina. Realizar caminhadas de 30 a 40 minutos, por três vezes na semana e ao ar livre, optar por subir escadas, estacionar em local mais distante que o destino ou saltar do ônibus um ponto antes do habitual, são excelentes exercícios e que fazem toda a diferença na redução dos riscos da obesidade. Além de ajudar na redução de peso, a prática de exercícios físicos auxilia no controle glicêmico e da hipertensão arterial, além de favorecer o autocontrole e a sensação de bem-estar”, destaca a médica.

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