BNDES e SumUp ofertarão até R$ 230 milhões em crédito para microempreendedores e autônomos

Iniciativa deve beneficiar 370 mil empreendedores, com operações de crédito de valor médio de R$ 2.800

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fará aporte de R$ 200,7 milhões em mais um fundo que disponibilizará crédito para micro e pequenas empresas, além de pessoas físicas que exerçam atividade econômica: o FIDC Brasil Microcrédito, da empresa de soluções financeiras SumUp. O fundo também contará com aporte de R$ 30 milhões da própria SumUp, totalizando um capital mobilizado de R$ 230,7 milhões, recurso que deve beneficiar 370 mil empreendedores, com operação de crédito de valor médio de R$ 2.800.

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Com o apoio do BNDES, a SumUp disponibilizará empréstimos para microempreendedores investirem na manutenção ou expansão de seus negócios. A Genial Investimentos foi o Coordenador Líder da oferta e o fundo será gerido, administrado e custodiado pelo Banco Genial.

Um dos principais focos do fundo é levar microcrédito principalmente a negócios de regiões brasileiras com menos acesso a financiamentos e baixo desenvolvimento socioeconômico. A solução de empréstimos da SumUp já está sendo ofertada a clientes da fintech e deve ser ampliada nas próximas semanas. “Os nano, micro e pequenos negócios foram muito afetados pela pandemia. E, ao contrário de empresas maiores, eles têm muita dificuldade para conseguir crédito. Queremos ajudar esse público a obter empréstimos de forma simples e rápida, sem burocracia”, diz Leonardo Vieira, Diretor de Crédito da fintech.

Segundo Vieira, da SumUp, os empréstimos terão juros de até 3,5% ao mês, taxa abaixo da média do mercado. O valor das parcelas será calculado com base no faturamento das vendas das maquininhas dos clientes nos últimos meses. “Vamos oferecer um crédito saudável, com mensalidades que cabem no bolso, simples de pagar e sem taxas que viram ‘bolas de neve’”, afirma o executivo.

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Para ter acesso ao crédito, os interessados deverão ser clientes da SumUp há pelo menos 3 meses e passarão por um processo de aprovação. O empréstimo poderá ser efetuado pelo site ou aplicativo da fintech. Os contratos terão 60 dias de carência – ou seja, a primeira parcela será cobrada dois meses após a assinatura do contrato – e prazo máximo de 12 meses para quitação, a partir da primeira mensalidade.

“O Fundo Brasil Microcrédito se alinha com os objetivos estratégicos do BNDES de atuar em todos os segmentos da economia, promovendo desenvolvimento social e estímulo à atividade econômica neste momento de retomada”, afirma o Diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto do BNDES, Bruno Laskowsky. “O fundo vai atuar na chamada cauda longa, oferecendo uma alternativa de crédito para aqueles que, historicamente, têm acesso mais restrito, como o microempresário, o pequeno comerciante, o autônomo. Trata-se de um fundo de alto impacto e que materializa nossa visão estratégica de estimular atividade na última milha.”

A captação faz parte da Chamada Pública para Seleção de Fundos de Crédito para Micro, Pequenas e Médias Empresas, realizada pelo BNDES. O Banco espera disponibilizar, por meio dessa Chamada, cerca de R$ 4 bilhões para reforçar o crédito aos pequenos negócios face os efeitos econômicos e sociais da pandemia.

O fundo é o quinto contratado por meio da Chamada Pública. Além da SumUp, receberam recursos da chamada as propostas das empresas CashMePlural, Captalys, SRM e Cielo. No total, o BNDES já comprometeu R$ 1,8 bilhão para esses fundos, que totalizam R$ 2,3 bilhões em recursos totais para as PMEs. Ao todo, estima-se entre 500 mil e 800 mil autônomos, micro e pequenos empresários e autônomos poderão obter crédito mais barato e acessível.

Com os recursos captados por meio do FIDC, a SumUp reforçará sua atuação em regiões brasileiras com menos acesso ao crédito e localidades com baixo desenvolvimento socioeconômico. “A SumUp tem uma presença forte em todas as regiões do país. Com os empréstimos, vamos ampliar o impacto social do nosso trabalho, ajudando pessoas que não são bem atendidas pelas instituições financeiras. Enxergamos crédito como um investimento que estamos fazendo no pequeno negócio, para que ele cresça e tenha sucesso”, finaliza Leonardo.

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