Executivos de grandes empresas debatem jornada de implementação da hiperautomação

Profissionais de diferentes setores da economia compartilham experiências

A Icaro Tech, empresa de tecnologia especializada em transformação digital através da automação, e a ebdi (Enterprise Business Development & Information) formaram um Conselho de Hiperautomação, formado por executivos dos setores de tecnologia, telecomunicações, alimentos, varejo, cosméticos, seguros e previdência, para debater os desafios e os benefícios da automatização de processos.

Publicidade

O primeiro resultado deste conselho é o e-book gratuito “Hiperautomação”. A publicação apresenta artigos e entrevistas com os executivos sobre os processos para implementar a hiperautomação e seus benefícios na resolução de problemas dos negócios e têm o objetivo de auxiliar profissionais das mais variadas atividades econômicas a iniciar essa implantação de tecnologias que possibilitam automatizar processos e gerar ganhos de produtividade.

A hiperautomação ganhou notoriedade no fim de 2019, após o Gartner apontá-lo como uma das principais tendências tecnológicas para 2020. Este ano, a consultoria voltou a apontar a hiperautomação como uma das tendências tecnológicas para 2022. Ela refere-se ao uso orquestrado de diferentes tecnologias, ferramentas e plataformas como inteligência artificial (IA), machine learning, arquitetura de software orientada a eventos, robotic process automation (RPA), business process managment (BPM), integration platform as a service (iPaas), ferramentas low-code/no-code; e outros tipos de ferramentas de automação de decisão e processos.

“É importante iniciar a jornada com objetivos modestos e ciclos rápidos”, explica Laerte Sabino, CEO da Icaro Tech. O executivo ainda ressalta que os gestores devem estar cientes de que erros irão acontecer e os resultados serão fruto da persistência, acompanhamento próximo, medição de resultados, e correções rápidas de rota.

Publicidade

Para João Antonio Monteiro, Superintendente de TI da BrasilPrev Seguros e Previdência S.A., “a hiperautomação precisa tornar o negócio mais ágil, inteligente e rentável”. Segundo o executivo, “as empresas devem desenvolver critérios para identificar os processos que devem ser automatizados, como por exemplo atividades repetitivas, com alto volume de execução, que possuem regras de negócio claras e sujeitas a riscos causados por erros humanos”.

“A confiança e a parceria com os clientes internos é fundamental para o sucesso da implementação de ferramentas de hiperautomação”, segundo André Nazaré, Diretor de TI da Sky Brasil. Para o especialista, “é necessário engajar as pessoas, universalizar e disseminar o conhecimento”. Além disso, os ganhos e resultados devem ser mensuráveis e reconhecidos por todos, pois apenas desta forma os dirigentes, colaboradores e clientes terão confiança na automatização dos processos.

“Automatizar um processo manual maduro e bem desenhado também pode mitigar os riscos da falha humana, pois um robô não improvisa e estará menos suscetível ao risco de engenharia social”, explica Rogerio Santana, Senior Manager, Hosting Engineering da Equinix. Para Santana, em um momento com uma nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e com um elevado número de ataques de segurança e exploração de vulnerabilidades em ambientes digitais, os benefícios de proteção também devem ser considerados na hora de decidir quais processos automatizar.

O papel dos dados é destacado por Heitor Cauneto, Diretor Global de Excelência em Manufatura da Bunge. Segundo o executivo, “é necessário ter dados digitalizados, uma gestão da rotina bem implementada e infraestrutura de tecnologia segura antes de iniciar o processo de hiperautomação. Cauneto ainda aconselha iniciar com uma etapa pequena do negócio, de modo a ser possível testar o modelo de implementação e assumir riscos controlados”.

A captação e formação de bons profissionais capazes de fazer a união das novas tecnologias com os processos utilizados nas plantas industriais de modo a potencializar o uso dos dados nos processos convencionais da indústria e nos novos negócios é um dos desafios apontados por William Franco, responsável pelo Centro de Excelência (CoE) da Diretoria Industrial Latam da Natura & Co.

Segundo Claudio Ikeda, Executive Managing Director e CTO da SouthRock, empresa que detém os direitos de licenciamento das redes Starbucks e TGI Fridays, “a automatização auxilia no desenvolvimento da hiperpersonalização, que substituirá os tradicionais funis de venda e será responsável por revolucionar a conversão e a aquisição de clientes, ao combinar dados com algoritmos e sistemas baseados em antropologia e neurociência”.

A importância de ter um roadmap claro, com arquitetura flexível para atender as demandas atuais e futuras da organização é destacado por Gilson Missawa, Head of Marketing & Offerings da Icaro Tech. Segundo o expert, “as empresas precisam alinhar as implantações de automação com os objetivos do negócio, identificar os gaps e as ineficiências operacionais para em seguida escolher quais tecnologias deverão ser adotadas”.

De acordo com a experiência dos executivos, que colaboraram com a produção da publicação, a jornada de hiperautomação é desafiadora e deve ser feita por meio de boas parcerias, com o objetivo de solucionar um problema relevante do negócio.

Artigos Relacionados