Durante pandemia, planos de saúde viabilizaram mais de 5,6 milhões de exames e 483 mil internações por Covid-19

Operadoras associadas à FenaSaúde também intermediaram mais de 6,2 milhões de atendimentos remotos

O então presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), João Alceu Amoroso Lima, destacou – no final de 2021 – a relevância da atuação das operadoras de planos de saúde durante o período da pandemia no Brasil, garantindo acesso a exames, internações e insumos. Projeções apontam que as operadoras associadas à FenaSaúde viabilizaram a realização de mais de 5,6 milhões de exames de diagnóstico de Covid-19 e 483 mil internações por Covid-19 em enfermarias e UTIs. Só essas duas frentes acarretaram um custo de cerca de R$ 25,5 bilhões, entre março de 2020 e outubro de 2021.

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“Devido à pandemia ser um evento repentino, esse valor não foi previsto e nem precificado, acarretando um impacto na veia do setor segurador. Ainda assim, apesar de todas as dificuldades e impactos e da inegável tragédia, que ocasionou mais de 620 mil mortes e milhares de pessoas sequeladas, os planos de saúde entregaram toda a assistência demandada e seguiram solventes e fortes”, afirmou.

Veja também: ANS aprova inclusão de teste rápido para diagnóstico da Covid-19 no rol de coberturas obrigatórias.

Para 2022, o presidente da FenaSaúde se mostrou otimista quanto à continuidade do crescimento do número de beneficiários, a depender do desempenho da economia do país e geração de empregos. O número de beneficiários de planos médicos voltou a crescer em junho de 2020, chegando a mais de 1,9 milhão de pessoas em outubro de 2021. Outro avanço importante que deve continuar é o da telessaúde, que contribuiu consideravelmente para a democratização do acesso à saúde durante a pandemia. De março de 2020 a outubro de 2021, estima-se que as operadoras associadas à FenaSaúde intermediaram mais de 6,2 milhões de atendimentos remotos.

Por outro lado, ficaram evidentes as preocupações com a inflação e com os possíveis impactos do pós-covid na sinistralidade dos planos de saúde, demandando tratamentos de longa duração. João Alceu também destacou a necessidade de oferecer mais acesso para a população que deseja adquirir um plano de saúde, defendendo que a regulação permita mais variedade de produtos e segmentação de coberturas. Por fim, pontuou a importância da federação para a defesa do setor de saúde suplementar. “Em 2022, a FenaSaúde seguirá ampliando o diálogo com representantes da sociedade e sendo o porta-voz setorial de questões cruciais para a saúde dos brasileiros, como é o caso da avaliação tecnológica para a incorporação de novos medicamentos, por exemplo”, finalizou.

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