Webinar da CNseg marca compromisso do setor com a equidade de gênero

Transmissão foi promovida pela Confederação Nacional das Seguradoras na quarta (09 de março)

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O webinar que debateu “A mulher dos negócios, da família e do mundo: o protagonismo feminino na construção do futuro” marcou a homenagem da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) ao Dia Internacional da Mulher (8 de março) e seu compromisso institucional com a equidade de gênero. Foi comentado que houve avanço significativo nos últimos anos no País, e que as seguradoras têm feito um esforço grande para progredir em mais conquistas na questão da equidade.

Ocorrido na última quarta-feira (9 de março), o evento teve como moderador o Presidente da CNseg, Marcio Coriolano e, como palestrantes, Solange Beatriz Palheiro Mendes, Diretora Executiva da CNseg; Erika Medici, CEO da AXA Seguros; Camila de Freitas, CEO da Caixa Seguridade; Patricia Andrea Freitas, Vice-Presidente SR de Parcerias Estratégicas Multicanais da Prudential do Brasil; e Patrícia Chacon Jimenez, CEO da Liberty Seguros. Essas executivas de seguradoras também são quatro das sete mulheres integrantes do Conselho Diretor da CNseg.

Marcio Coriolano disse que, “embora as mulheres sejam a maioria dos quadros no setor segurador, sobretudo em cargos de média gerência, ainda é desproporcional a sua participação em cargos de comando superior e em conselhos”.

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O dirigente da CNseg lembrou que uma pesquisa concluída pela CNseg em 2021 constatou que 58% das empresas afirmam ter programas ou políticas de igualdade de gênero. Ainda segundo o estudo, as mulheres ocupavam 21% de cargos de diretoria, 12% em presidência, 8% em conselhos de administração e 5% de vice-presidências nos grupos participantes da pesquisa.

Ainda segundo ele, a pesquisa constatou que há pelo menos três programas mais comuns no grupo de empresas que adotam políticas internas de igualdade de gênero: o de desenvolvimento de talentos, o programa de mentoria feminina e o plano de sucessão.

Palestrantes

À Solange Beatriz Palheiro Mendes coube apresentar as principais ações da CNseg no campo da diversidade e inclusão, além da agenda da equidade de gênero. Ela afirmou que a bandeira da diversidade é crucial para o crescimento do mercado segurador e relatou algumas das principais iniciativas institucionais da CNseg nessa matéria. A começar da criação de um Grupo de Trabalho (GT) de Diversidade e Inclusão em 2017, passando pela publicação de uma cartilha de boas práticas de diversidade, disponível no portal da CNseg. Acrescente-se às realizações a inclusão do tema diversidade nas edições da Conseguro e a criação do Dia da Diversidade e Inclusão no Setor de Seguros, comemorado a partir de 2019 para celebrar o compromisso do setor com as melhores práticas nessas áreas no dia 25 de setembro.

A executiva fez questão de dirigir ainda uma mensagem às mulheres. “Sejam sempre firmes, determinadas. Busquem se capacitar, sem jamais deixar de acreditar em si e no seu potencial. Sejam honestas em termos morais, sociais e intelectuais com vocês mesmas e os demais. Jamais se valham de estereótipos femininos que possam transformá-las em qualquer coisa que seja menos do que podem ser. E celebrem sempre a natureza do feminino”.

Erika Medici, CEO da AXA Seguros, avaliou o papel do setor de seguros na agenda de diversidade e inclusão, mais especificamente sobre a equidade de gênero: “Todo nosso ecossistema precisa ter políticas e práticas claras, divulgadas, cumpridas e mensuradas no campo da diversidade. É claro que é importante ter essa conversa de equidade. Mas se o compromisso com a diversidade não for algo tangível e mensurado, não vamos sair muito do discurso. Ao mesmo tempo, é preciso ter a meritocracia casada à questão de equidade. Por isso, a política de recrutamento e seleção das empresas deve incorporar o conceito de oportunidades iguais para todos. São os melhores, mulheres ou homens, que devem ser designados para os cargos em disputa”.

Camila de Freitas, CEO da Caixa Seguridade, relatou as barreiras que superou em sua trajetória profissional e opinou sobre como tais gargalos podem ser minimizados. “Tenham coragem e ousadia na vida, porque a gente faz entregas necessárias e dá conta de tudo. As mulheres não querem cotas, mas sim espaço e oportunidades iguais. Da mesma forma, as mulheres que conseguiram chegar à liderança têm a responsabilidade de inspirar outras mulheres a avançar na carreira. Há um caminho longo pela frente, mas olhar para nossas as conquistas já alcançadas e outras que virão já é bastante gratificante”, assinalou ela.

Já Patricia Andrea Freitas, da Prudential do Brasil, foi incentivada a falar sobre os caminhos para ampliar a participação feminina em cargos de alta gestão e quais as consequências desse avanço. “Uma reflexão sobre os números mostra não só o avanço da diversidade no mundo dos negócios, mas também o quanto há para ser feito. Desde já, nós, mulheres, precisamos levantar as mãos quando houver desrespeito à nossa fala, ser vocal para dizer o que pode e não pode ocorrer no plano corporativo ou social. Também precisamos levantar as mãos para dizer que estamos preparadas para novos desafios. Todos podem, homens e mulheres, conciliar suas atividades e precisamos ser cada vez mais diversos nas empresas. Não só pelos benefícios financeiros que ambientes inclusivos produzem. Mas por ser a diversidade uma questão de justiça social”, declarou ela.

Patricia Chacon Jimenez (da Liberty Seguros) tratou da crescente participação feminina nos conselhos da CNseg e das Federações. “Para mim, a representativa é extremamente importante em todos os âmbitos da sociedade. Ter mulheres inseridas no ambiente de trabalho, na liderança de empresas ou com assentos em seus conselhos, faz diferença, porque elas podem criar modelos de negócios inovadores. A rigor, a mulher pertence a todo lugar onde se tomam as decisões, porque agregam valor, oferecem respostam mais assertivas ou, às vezes, únicas aos problemas. No caso do mercado de seguros, a diversidade em todos os seus pilares (gênero, raça, orientação sexual) é um caminho não só para fazer o que é certo, mas também para explorar e alcançar todo o potencial do mercado segurador daqui para frente”, afirmou.

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