Balneário Camboriú passa São Paulo e tem metro quadrado mais caro do país
Cidade catarinense teve uma variação do metro quadrado de 23,66%, enquanto em São Paulo a valorização foi de apenas 3,68% e Rio de Janeiro de 1,88%, segundo índices divulgados pela FipeZap
O levantamento da FipeZap divulgado em abril aponta Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina, como a cidade brasileira com o metro quadrado mais caro do país com R$ 9.888,00. Já São Paulo e Rio de Janeiro, que ocupavam o topo da lista há mais de cinco anos, estão com valor do metro quadrado avaliado a R$ 9.831 e R$ 9.701, respectivamente.
De acordo com o especialista em mercado imobiliário Renato Monteiro, o valor dos imóveis de São Paulo e Rio de Janeiro estão estagnados, enquanto Balneário Camboriú segue em ascensão, fazendo com que a capital catarinense do turismo atingisse o topo da lista da Fipezap. “O perfil de quem compra imóveis em Balneário Camboriú é diferente porque são investidores em busca de uma rentabilidade alta e segura. Já nas capitais, as pessoas compram imóveis para morar e essas pessoas sentem mais as variações econômicas”, avalia Monteiro.
Com a elevação na taxa de juros dos financiamentos imobiliários, inclusive com a taxa Selic ultrapassando os dois dígitos, e a disparada nos custos dos materiais de construção, ficou mais difícil para o trabalhador adquirir um imóvel, provocando uma estagnação das vendas no mercado imobiliário nas principais cidades, como no caso de São Paulo e Rio de Janeiro, como Balneário Camboriú tem um perfil diferente de compradores, essa variação econômica tem um menor impacto no mercado imobiliário.
“Balneário Camboriú está na mira dos investidores nacionais e internacionais pelos altos índices de rentabilidade e isso tem feito com que as construtoras invistam, cada vez mais, em empreendimentos de alto padrão, fazendo com que a cidade como um todo tenha uma maior valorização imobiliária. Isso ocorreu pelo fato de a cidade ter excelentes índices de qualidade de vida e ser uma das cidades mais seguras do Brasil, além de obras de infraestrutura, como o alargamento da faixa de areia”, explica Monteiro.
