Capgemini mapeia 10 tendências de Banking para 2022

Cenário do setor se modificou aceleradamente nos últimos dois anos

Nos últimos anos dois anos, o cenário do setor bancário se modificou aceleradamente. A chegada das Fintechs e novos players, a digitalização de processos e pagamentos, a rápida adoção de inovações e tecnologias, a escalada de investimentos em cyber segurança, além, claro, do fenômeno da pandemia se tornaram desafios a serem vencidos pelos gestores. À medida que 2021 foi um ano de transição, em que todo o setor avançou rumo ao chamado Banking 4.X.1, também foi um ano de consolidação das organizações.

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Em um ambiente tão complexo, o Capgemini Research Institute desenvolveu o estudo Top Trends Retail Banking, que aponta as 10 principais tendência para 2022 como forma de ajudar os gestores a se posicionarem melhor em meio a tantas variáveis.

“O ecossistema de banking tem se tornado muito complexo e competitivo com a entrada da Big Techs e das Fintechs. São empresas que já nasceram nativas digitais e têm uma facilidade maior em apresentar novos serviços. Por outro lado, as instituições tradicionais estão mais maduras para oferecerem opções do mundo financeiro mais aberto e transparente. Isso para citar apenas alguns aspectos de universo tão rico de informações e transformações. O Top Trends vem como um guia para mapear tudo o que as instituições que operam neste meio precisam entender como prioridade para este ano”, explica Roberto Ciccone, vice-presidente Financial Services da Capgemini Brasil.

Ainda de acordo com o executivo, a hiperpersonalização no atendimento e no oferecimento de serviços e produtos é uma realidade. “As instituições que dominarem o ecossistema de dados dos clientes, conseguirão, por meio dele, estabelecer um relacionamento mais verdadeiro e profundo com seu correntista. Isso impactará em fidelização em um segmento extremamente competitivo e em maior consumo de produtos e serviços de sua instituição por parte deste consumidor”.

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Fábio Cossini, líder de Soluções para Bancos da Capgemini Brasil, destaca que outros fatores igualmente importantes também devem receber atenção especial dos gestores e irão influenciar os clientes a optarem por qual instituição irão trabalhar e colocar seus investimentos. “O Top Trends aponta que adesão às práticas ESG, investimentos em cyber security, experiência de pagamentos mais fluidos, agências totalmente digitais e com tecnologia mais intuitiva serão decisivos para consolidação e conquista de mercado.

O estudo dividiu as 10 tendências em 4 pilares, classificando-as de acordo a afinidade e a prioridade de implementação:

Interrupção de mercado

1 – As linhas indefinidas entre Super FinTechs e Bancos;

2 – Bancos dobram a transformação de custos para melhorar a saúde financeira;

Criando e habilitando novo valor

3 – O Banking-as-a-Service pode desbloquear o potencial de mercado latente;

4 – Banco na nuvem para desbloquear novas fronteiras de valor;

5 – O poder por trás da era experiencial Banking 4.X: ecossistemas de dados emergentes;

6 – Os pioneiros construirão subsidiárias apenas digitais para permanecerem relevantes e resilientes na era FinTech;

Segurança e Sustentabilidade Empresarial

7 – A cibersegurança está se tornando um diferencial competitivo para os bancos;

8 – Bancos devem acelerar sua transição para se tornarem empresas centradas no planeta;

Novos horizontes/evolução da indústria

9 – Projetos e exploração 5G para acelerar;

10 – DeFi (Decentralized Finance) -nindo a próxima evolução bancária.

Ciccone ainda ressalta que o estudo traz não só as tendências para este ano, mas há uma análise mais futurística dentro do último pilar ao falar sobre como a adoção da tecnologia 5G irá acelerar ainda mais as transformações no setor em virtude do maior volume de troca de dados e o chamado Decentralized Finance (DeFi) que apresentará novas formas de utilizar o capital parado.

“O 5G irá impactar profundamente a relação consumidor-banco. As agências serão cada vez mais digitais, produtos e serviços com realidade virtual, maior transparência na parte financeira, aplicações antifraude com reconhecimento facial, entre tantas outras inovações. Já o DefI é uma tendência voltada para maior acessibilidade e interoperabilidade com o objetivo de colocar o capital parado pra trabalhar. Serão novas fronteiras de monetização de capital, como adoção de cryptos moedas, por exemplo”, completa o especialista.

O Top Trends Retail Banking é produzido anualmente pela Capgemini. Para ter acesso ao material completo, clique aqui.

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