Allianz atinge € 3,2 bilhões no lucro operacional

Receitas totais subiram 6,2% e atingiram € 44 bilhões

A Allianz acaba de divulgar um relatório sobre sua performance global no primeiro trimestre de 2022. Segundo a empresa, as receitas totais subiram 6,2% no período e somaram € 44 bilhões. O lucro operacional permanece forte com € 3,2 bilhões. Ligeiro declínio de 2,9% reflete impacto de maiores indenizações por catástrofes naturais.

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Já o lucro líquido atribuível aos acionistas é de € 0,6 bilhão, com queda de 78,1% devido à provisão adicional de € 1,6 bilhão após dedução de impostos, referente a processos judiciais dos Fundos Estruturados Alpha da AllianzGl U.S. Excluída essa provisão, o lucro líquido foi € 2,2 bilhões, com baixa de 16% devido, sobretudo, a um menor resultado não-operacional.

Coeficiente de capitalização Solvency II fechou robusto com 199%¹. A previsão de lucro operacional em 2022 tem meta confirmada de € 13,4 bilhões, mais ou menos € 1 bilhão². O programa de recompra de ações de até € 1 bilhão está em vias de se efetivar: 2,4 milhões de ações adquiridas por € 500 milhões até o fim de abril de 2022.

“Os resultados deste trimestre demonstram que nossa empresa consegue enfrentar pressões geopolíticas e econômicas significativas. Isso vem se juntar à força dos nossos colaboradores. A Allianz tomou decisões empresariais claras em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia. Também trabalhamos duramente para conseguir acordos justos com os investidores dos Fundos Estruturados Alpha nos EUA e nos encaminharmos para uma solução definitiva”, diz Oliver Bäte, CEO do Grupo Allianz.

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Destaques financeiros

Receitas

As receitas totais subiram 6,2% e atingiram € 44 bilhões no primeiro trimestre de 2022. O segmento de Ramos Elementares (P&C) se beneficiou com os preços e volumes mais elevados, enquanto Gestão de Ativos registrou maiores receitas advindas de Ativos sob Gestão. As vendas ampliadas nos Estados Unidos e na Alemanha contribuíram para o crescimento das receitas no segmento de Vida/Saúde.

O crescimento das receitas internas, com ajustes para os efeitos de transposição cambial e consolidação, subiu para a marca robusta de 3,8%, impulsionado por todos os segmentos.

Lucros

O lucro operacional de € 3,2 bilhões recuou 2,9% (€ 3,3 bilhões em 2021) em função das indenizações por catástrofes naturais que quadruplicaram, levando a um declínio no resultado de subscrição no segmento de Ramos Elementares (P/C). Isso foi parcialmente compensado pelo forte resultado operacional no segmento de Ativos sob Gestão graças à média mais elevada de ativos de terceiros sob gestão (Aum). No segmento Vida/Saúde o lucro operacional permaneceu estável.

O lucro líquido atribuível aos acionistas foi de € 0,6 bilhão, com queda de 78,1%. Esse declínio reflete o impacto de uma provisão adicional de € 1,9 bilhão antes da dedução de impostos, referente aos processos judiciais relativos aos Fundos Alfa Estruturados da AllianzGl U.S., que reduziu em € 1,6 bilhão o lucro líquido do Grupo no primeiro trimestre.

O Retorno anualizado sobre o Patrimônio Líquido (RoE) foi de 3,5% (ano inteiro de 2021: 10,6%).

O Lucro Básico por Ação (EPS) ficou em € 1,38 – baixa de 77,9% (era € 6,23 no ano passado)

Coeficiente de capitalização Solvency II

O Coeficiente de capitalização Solvency II foi de 199% no término do 1º trimestre de 2022, comparado à marca de 209% no final do 4º trimestre de 2021. Incluindo a aplicação de medidas de transição por provisões técnicas, o coeficiente de capitalização Solvency II no final do primeiro trimestre de 2022 ficou em 226%, em comparação aos 239% registrados no final de 2021.

Destaques por segmento

“Mesmo em um trimestre marcado por severos desafios econômicos e geopolíticos, mantivemos nosso lucro operacional do primeiro trimestre próximo do nível robusto do ano anterior. Chegamos perto de cumprir uma quarta parte da nossa meta para o ano inteiro, o que mostra que nossa performance operacional continua no rumo certo. Confirmamos a nossa previsão para o ano inteiro de um de lucro operacional de € 13,4 bilhões, com mais ou menos € 1 bilhão”, comenta Giulio Terzariol, CFO do Grupo Allianz.

• No segmento de P&C (Ramos Elementares), a Allianz reporta forte crescimento interno impulsionado pela precificação saudável e por um robusto crescimento do volume, enquanto aproveita a vantagem do sólido posicionamento em uma economia em recuperação. O lucro operacional foi afetado pelo nível mais elevado da década em indenizações por catástrofes naturais no primeiro trimestre.

• Em Vida/Saúde, a acentuada melhora da margem e do valor dos novos negócios reflete um mix de negócios melhor e um aumento nos volumes na maioria das companhias do Grupo. E isso é um ótimo prenúncio da rentabilidade futura.

• O segmento de Gestão de Ativos apresentou um primeiro trimestre muito forte em termos de lucro operacional. A receita líquida do segmento foi impactada por uma medida relacionada à questão dos fundos Estruturados Alfa, visando lidar com a exposição financeira remanescente em relação ao pagamento de um ressarcimento aos investidores e qualquer resolução dos processos judiciais governamentais. Tal medida não deve afetar a política de dividendos ou o pagamento dos mesmos.

Seguro P&C (Ramos Elementares): bom resultado implícito

As receitas totais cresceram 9,1% no primeiro trimestre de 2022, elevando-se a € 21,5 bilhões (€ 19,7 bilhões no primeiro trimestre de 2021). Com os ajustes por transposição cambial e efeitos de consolidação, o crescimento interno foi acentuado, registrando 6,6%, graças a um efeito de preço, de 4,1%, a um efeito de volume, de 2%, e a um efeito de serviço, de 0,4%. Tal aumento refletiu um saudável crescimento em todas as unidades e em todas as geografias.

O lucro operacional foi de € 1,4 bilhão, com recuo de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior (€ 1,5 bilhão), devido a um resultado mais fraco de subscrição, o qual foi afetado por indenizações consideravelmente mais elevadas por catástrofes naturais e, em menor medida, por perdas atricionais. Uma contribuição positiva do resultado do run-off gerou um efeito de compensação parcial. O rácio de despesas teve ligeiro aumento passando para 27,1% (27%) devido aos custos de aquisição maiores principalmente pela alteração no mix de negócio da Allianz Partners.

O Índice Combinado avançou 1,7% e foi a 94,7% (93%). Embora o Índice Combinado na atividade de varejo³ tenha crescido devido sobretudo ao aumento de catástrofes naturais e à normalização da frequência de indenização de seguro Automóvel, esse mesmo índice teve uma melhora significativa na atividade comercial³.

Vida/Saúde: excelente margem de novos negócios

O PVNBP4 ou valor atual dos prêmios dos novos negócios permaneceu estável no primeiro trimestre de 2022, em € 19,4 bilhões (€ 19,5 bilhões no mesmo período do ano passado). A Alemanha registrou menores volumes de venda para produtos capital-eficientes, ao passo que a Itália teve menos vendas de produtos do tipo unit-linked. Essa diferença foi em grande parte compensada por vendas maiores de produtos de renda vitalícia a índice fixo nos Estados Unidos e de produtos híbridos na França.

O lucro operacional permaneceu inalterado em € 1,2 bilhão. A consolidação das operações de aquisição da Aviva, na Polônia, deu uma contribuição positiva, assim como as atuações do negócio Vida em Taiwan, na Espanha e na Alemanha. Isso foi compensado pelo resultado inferior nos Estados Unidos.

A margem de novos negócios (NBM) saltou para 3,5% (2,9%), puxada por um mix de negócio melhorado. Desdobramentos positivos do mercado também deram respaldo para essa margem melhorada. Já o valor dos novos negócios (VNB) teve um salto acentuado de 20% atingindo € 671 milhões (€ 558 milhões no mesmo período do ano passado), graças aos maiores volumes na maioria das entidades em operação.

Gestão de Ativos: lucro operacional acentuado

As receitas operacionais cresceram 12,5% no primeiro trimestre do ano, cravando € 2,1 bilhões como consequência das receitas maiores puxadas pelos Ativos sob Gestão (AuM). O lucro operacional deu um salto de 11,2% em relação ao período do ano anterior e atingiu € 831 milhões (€ 747 milhões no mesmo período do ano anterior). Com os ajustes por efeitos de transposição cambial, o lucro operacional cresceu 5,5%. A relação custo-rendimento (CIR) subiu para 59,8% (59,3%).

Os ativos de terceiros sob gestão totalizavam € 1,878 trilhão em 31 de março de 2022, um recuo de € 89 bilhões em relação ao quarto trimestre de 2021. Isso se deveu a um impacto de mercado desfavorável, da ordem de € 110 bilhões, e a saídas líquidas de € 9 bilhões, parcialmente compensadas por um impacto positivo de € 30,1 bilhões por efeitos favoráveis da transposição cambial.

O total de ativos sob gestão no final do primeiro trimestre de 2022 era de € 2,478 trilhões, refletindo uma tendência em termos de ativos de terceiros sob gestão.

  1. Excluindo a aplicação de medidas transicionais para provisões técnicas.
  2. Como sempre, catástrofes naturais e desdobramentos adversos nos mercados de capitais, bem como os fatores apontados em nossa Nota de Advertência com relação a declarações prospectivas, podem afetar seriamente o lucro operacional e/ou o lucro líquido das operações e os resultados do Grupo Allianz.
  3. A atividade de varejo faz concessões a varejistas, pequenas e médias empresas (PMEs) e frotas, enquanto nossa atividade comercial lida com corporações intermediárias e de grande porte.
  4. PVNBP mostrado após interesses não controladores, salvo quando expresso em contrário.
Divulgação
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