72% das empresas brasileiras valorizam acordos de livre-comércio

É o que aponta uma pesquisa do HSBC

Cerca de nove entre dez empresários brasileiros (88%) acreditam que o clima para o comércio internacional é positivo, de acordo com o “Navigator: Agora, como e futuramente nos negócios”, pesquisa global feita pelo HSBC em parceria com a Kantar TNS realizada em 34 mercados. De acordo com o recorte brasileiro, o otimismo é significativamente maior que a média global (78%). De fato, empresas brasileiras mostram-se favoráveis em relação a acordos de livre-comércio. Praticamente três quartos (72%) dos respondentes esperam fechar acordos relevantes para o sucesso dos negócios, acima da média global (52%).

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Os respondentes mostraram-se positivos sobre a adoção de novas tecnologias, com 38% identificando o fato como ponto principal do otimismo. Os parceiros comerciais tradicionais do Brasil — Estado Unidos, Canadá e Argentina — foram frequentemente identificados como os mercados em que os empreendedores estão pensando em expandir os negócios, 33% nos Estados Unidos, 18% no Canadá e 16% na Argentina.

Como uma das economias mais fechadas do G20, mas um país com um déficit comercial significativo com os EUA, o Brasil até agora escapou da recente onda de protecionismo comercial relativamente ileso. De fato, o fortalecimento das exportações ajudou a emergir a maior economia da América Latina.

Avanços na área de tecnologia também proporcionaram oportunidades e promoveram novos cargos, plataformas e aparelhos mundialmente. Hoje, 87% das companhias brasileiras já usam data analytics para otimização e, consequentemente, crescimento. Esse número caí para 75% globalmente. Outro dado interessante mapeado é que o termo “internet das coisas” é enxergado como uma grande oportunidade para 74% dos respondentes.

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No setor, as áreas mais exploradas no Brasil são, operacional (52%), dados de mercado (45%), voltado para tendências e concorrência, mídias sociais (39%), dados de sensores (37%), coletados de aparelhos usados no dia a dia, dados transacionais e de venda (35%), dados de internet (33%), como SEO e Google Analytics e dados pessoais de usuário (30%).

Sustentabilidade é o foco das empresas

Somente 8% dos respondentes de bens e 3% dos de serviços afirmam que sustentabilidade não é o foco nas companhias. Ainda, o número de projetos nesse campo tem aumentado consideravelmente, com o Brasil a frente (32%), em comparação com a média global (18%) na área de supply chain.

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